Recepcionista critica arquivamento de acusações contra Falcão: "Justiça quer que eu aceite ele passar o pênis no meu braço"

Por Santa Portal em 26/10/2023 às 06:00

Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Arquivo Santos FC
Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Arquivo Santos FC

A recepcionista de 26 anos que acusou o ex-jogador Paulo Roberto Falcão de importunação sexual está indignada com a decisão da Justiça de arquivar as acusações contra o ex-coordenador esportivo do Santos – a informação foi trazida em primeira mão pelo Santa Portal. Falcão foi acusado pela suposta vítima de importuná-la nos últimos dias 2 e 4 agosto.

“Esse arquivamento foi muito injusto. A Justiça quer que eu aceite que ele (Falcão) passe o pênis no (meu) braço e fique calada, mas eles não vão me calar. Ele invadiu um espaço que não era dele e cometeu um crime. Está nas imagens. Tem testemunhas que viram, e ainda assim a decisão foi de arquivar. Um absurdo! Ele tinha que tirar a roupa para ficar provada a importunação?”, disse a mulher, em entrevista ao site Trivela.

“Estou desempregada e com dificuldades para arrumar um novo emprego. Com o arquivamento do inquérito, fico com a imagem de mentirosa. Para as pessoas que não entendem, ele foi absolvido. Mas não foi isso que aconteceu e não é assim que vai terminar”, declarou a recepcionista, sobre a decisão do juiz Leonardo de Mello Gonçalves, da 2ª Vara Crminal de Santos, que acolheu o pedido do Ministério Público de arquivamento das acusações.

Para o MP, apesar das imagens das câmeras de monitoramento do hotel onde Falcão morava e do depoimento de uma testemunha, “não havia indícios de ocorrência de ilícito penal”. Com base nessa manifestação da Promotoria, o magistrado entendeu que “nem todo contato físico pode ser interpretado como ato libidinoso”. Desta forma, as investigações foram arquivadas.


Foto: Reprodução

A recepcionista falou que se sente desamparada após o episódio. “Eu nunca me envolvi em problemas do gênero. Nunca pensei que passaria por isso. Sou casada. Não preciso e não quero essa exposição. No momento em que eu mai precisei e acreditei nos homens da Justiça, eles me abandonaram. Home me sinto desamparada. Eles querem que eu me conforme com um crime desses e isso é revoltante”, afirmou.

A suposta vítima ainda manifestou a sua revolta com o transcorrer do caso na Justiça. “Me sinto indignada porque ninguém se colocou no meu lugar, no lugar do meu marido ou da minha família. Eu espero que ele pague pelo que me fez e aprenda a respeitar as mulheres”, concluiu.

Os advogados de recepcionista estão estudando estratégias e pretendem entrar com um recurso na Justiça, solicitando uma revisão do arquivamento do caso.

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