28/09/2022

Preso morre de suposta overdose, mas hipótese de homicídio não é descartada

Por Santa Portal em 28/09/2022 às 21:00

Divulgação/SAP
Divulgação/SAP

Beneficiado com a última saída temporária, que ocorreu entre os dias 13 e 19 de setembro, um sentenciado do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) Dr. Rubens Aleixo Sendin, em Mongaguá, morreu de suposta overdose após retornar à unidade. Porém, a hipótese de homicídio não está descartada.

Na mesma data do regresso, o preso L.B.A., de 29 anos, começou a passar mal na penitenciária de regime semiaberto. Ele foi encaminhado ao Hospital Regional de Itanhaém, onde faleceu na madrugada de terça-feira (27).

Segundo um agente penitenciário que compareceu à Delegacia Seccional de Itanhaém para comunicar o óbito, o detento admitiu ter engolido cápsulas de cocaína. Esse tipo de expediente é utilizado pelas “mulas” (transportadores de drogas) para não serem descobertas. Porém, quando um invólucro da droga se rompe dentro do corpo antes de ser evacuado, a morte por overdose é quase certa.

Coquetel da morte

O caso foi registrado como “morte suspeita”, sendo o corpo do detento encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Praia Grande para ser submetido a exames necroscópico e toxicológico. Embora L.B.A tenha confessado a ingestão de cápsulas de cocaína, não pode ser descartada a hipótese de homicídio.

O sistema prisional paulista já registrou vários assassinatos de detentos por intoxicação. Nesses casos, as vítimas foram forçadas por outros presos a tomar uma mistura de cocaína, Viagra e água, batizada pelos próprios presidiários de “gatorade”.

Com capacidade para 1.640 presos, o CPP de Mongaguá abrigava 2.331 na segunda-feira (26), conforme a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Na última saída temporária, 2.296 sentenciados receberam o benefício da saída temporária. Na Baixada Santista, o total foi de 3.840, considerando os presos do CPP de São Vicente e das penitenciárias 1 e 2 do município. (EF)

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