Policial militar é preso acusado de matar ex-mulher em Guarujá
Por #Santaportal em 12/05/2020 às 11:22
POLÍCIA – O policial militar Edgar de Oliveira Fonseca, de 33 anos, é acusado de matar a ex-mulher Débora Raquel Silva, de 28, no bairro Paecará, em Vicente de Carvalho, em Guarujá. Foram encontradas marcas de perfuração de, a princípio, dois disparos, segundo a polícia. Iago Matheus Fortes de Andrade, de 24 anos e atual namorado da vítima, também foi atingido, mas sobreviveu.
Edgar foi preso e enquadrado em homicídio qualificado tentado e um feminicídio consumado. A pena máxima ultrapassa quatro anos de reclusão. Ele negou os fatos, na presença do advogado. O caso foi registrado na Delegacia Sede de Guarujá.
Segundo Iago disse à polícia, Débora já tinha relatado que o ex-companheiro era policial, não aceitava o fim da relação e o ameaçava. Ele conta que Edgar chegou de moto com um capacete preto, sem queixeira e viseira transparente levantada, sacando uma pistola, enquanto Débora gritava assustada “É o Edgar, É o Edgar”, “Para, Edgar, Para, Edgar”.
Quando começaram os tiros, Iago correu. Disse ter ouvido um tiro que foi em sua direção e “outros quatro ou cinco”. Ao ser apresentada a fotografia do acusado, reconheceu Edgar como sendo o autor.
Também à polícia, Sandra Pires Fortes, mãe de Iago, disse que estava em casa, ouviu os gritos de Débora por socorro e foi até o lado de fora. Não viu o filho, mas apenas o autor, depois reconhecido pessoalmente por ela. O corpo da vítima estava mais à frente. Sandra também disse ter encontrado um estojo de munição e o recolheu. Outros dois foram achados. E eram de calibre .40, padrão policial.
Em depoimento à polícia, Edgar contou que é policial militar em Santos e alegou que estava de serviço até 22 horas, que saiu cinco minutos depois e foi para sua casa em Guarujá, chegando por volta de, no máximo, 22h40. Disse que desconhecia o ocorrido, que sequer sabia que ela namorava e que não conhecia o rapaz. Os policiais estiveram na casa dele à 0h27 de hoje. Além da possível arma do crime, foram encontrados no local a moto e quatro capacetes, sendo que um deles foi reconhecido por Iago como o que estaria sendo usado por Edgar.
No mesmo depomento, Edgar, que tem dois filhos – um menino de 6 anos e uma menina de 8 – com Débora, alega também que não estavam brigando nem tiveram relacionamento conturbado da parte dele. Segundo o policial, era Débora quem o perturbava, pois quem terminou a relação foi ele.
Amigos ligados ao casal, que não quiseram se identificar, disseram ao #Santaportal que não foi a primeira vez que tinham se separado por ciúmes. Porém, ele nunca demonstrou qualquer indício de que cometeria algo assim.
Reprodução redes sociais
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