24/08/2022

Polícia investiga 13 homicídios na Baixada Santista nos últimos meses

Por Santa Portal em 24/08/2022 às 20:50

Cláudio Vitor Vaz/Acervo Memorial da Resistência de São Paulo
Cláudio Vitor Vaz/Acervo Memorial da Resistência de São Paulo

Casos de abandono de corpos em ruas e avenidas da Baixada Santista têm se tornado recorrentes e são investigados pela Polícia Civil. Desde julho, foram 13 vítimas na região, sendo que a maioria dos corpos foram encontrados com marcas de tiros, e alguns com mãos e pés amarrados. Em alguns casos, foram encontrados sinais de tortura.

De acordo com o delegado responsável pela 3º Delegacia de Investigações Sobre Homicídios da Deic (3º Deic), Thiago Nemi Bonametti, em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (24), os casos não estariam ligados, e as mortes não seriam relacionadas a facções criminosas. As investigações estão em andamento.

“A polícia está trabalhando, é importante que a população saiba que a gente está diuturnamente trabalhando nisso, não só pela Delegacia de Homicídios, mas pelas delegacias distritais, pela DIG de Praia Grande, estamos acompanhando esses casos, obviamente. O que a gente quer é dizer que a população não precisa ficar alarmada com tudo isso”, disse o delegado.

Delegado Thiago Nemi Bonametti
Delegado responsável pela 3º Delegacia de Investigações Sobre Homicídios da Deic, Thiago Nemi Bonametti (Foto: Reprodução/Santa Cecília TV)

“Todos esses casos correm em sigilo, tanto porque há uma determinação legal nesse sentido,  como porque pode atrapalhar a investigação se a gente divulgar qualquer detalhe do que está sendo apurado. O que a gente pode adiantar é que não temos confirmação de ligação entre esses casos no sentido de ser algo em série ou coisa do tipo. O crime de homicídio por si costuma ter uma motivação mais próxima, mais pessoal, e isso por si só já revela um cuidado que a gente tem que ter em ligar um caso ao outro”, completou.

O delegado diz ainda que os casos em que corpos apareceram com membros amarrados são minoria, e que a presença de cordas nas cenas de crimes não necessariamente indica o mesmo modus operandi em cada homicídio. Dessa forma, este tipo de indício não indica, necessariamente, ligação entre os crimes.

A respeito do caso de homicídio do policial civil Marcelo Cassola, ocorrido nesta segunda-feira (22), o delegado afirmou que a investigação ocorre sob sigilo. “O que a gente pode dizer é que estamos trabalhando nisso de forma incessante. No dia de hoje (24), o nosso titular da Delegacia de Homicídios, doutor Renato Mazagão, realizou a prisão em flagrante de um indivíduo que estava utilizando cartões da vítima Marcelo”.

Punição aos homicídios

De acordo com o delegado Thiago Nemi Bonametti, a resposta a estes homicídios deve ser a aplicação da lei. “A resposta será sempre a mesma, a aplicação dura da lei a quem a infringir. Num crime de homicídio a gente não olha muito a vítima no sentido de priorizar um ou outro. A gente trabalha com afinco porque uma pessoa morreu. E no caso, um policial morreu e nós estamos fazendo tudo que é possível, assim como a gente faz em todos os casos, para identificar e prender quem foi responsável de alguma forma por esse evento.”

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