Paradeiro de ex-PM que sumiu depois de ter o carro incendiado continua ignorado
Por Santa Portal em 06/03/2025 às 05:00
O paradeiro do ex-soldado Khelvyn Barbosa da Silva, de 29 anos, cujo um Fiat Argo branco foi incendiado na Zona Noroeste de Santos, no início da manhã de domingo (2), continua ignorado. Em julho do ano passado, no Morro da Nova Cintra, ele foi preso em flagrante por transportar ilegalmente no mesmo carro um fuzil calibre 5.56 e 61 munições.
O sumiço do ex-soldado e o incêndio são apurados pela 3ª Delegacia de Homicídios, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos, com o apoio da equipe do 5º DP, em cuja área o veículo foi criminosamente queimado. Suspeita-se que criminosos sequestraram Barbosa em razão da sua condição de ex-policial militar.
Por enquanto, sabe-se que o desaparecido esteve durante a madrugada em uma adega no Bom Retiro. Ele estava acompanhado de uma mulher e dois homens, um dos quais um policial militar da ativa lotado na 4ª Companhia do 6º BPM/I (Zona Noroeste de Santos).
Posteriormente, Barbosa e um dos homens (o que não é policial) teriam saído do estabelecimento com o Fiat Argo. Segundo o acompanhante do ex-soldado, eles se dirigiram até uma praça no Rádio Clube, onde apenas o passageiro desembarcou para comprar drogas. Porém, ao retornar, percebeu que o carro não estava mais no local.
O veículo foi incendiado na Avenida Jornalista Armando Gomes, no Bom Retiro. Policiais militares localizaram o acompanhante de Barbosa em sua própria casa, na madrugada de terça-feira (3). Ele ainda aparentava estar sob o efeito de drogas e disse que chegou a ser mantido em cárcere privado por desconhecidos na madrugada anterior.
Os sequestradores queriam saber qual a ligação do abordado com Barbosa, ainda conforme o relato informal do homem que acompanhava o ex-soldado. Questionado sobre o paradeiro do ex-policial, essa testemunha alegou ignorar, afirmando que os criminosos o mantiveram refém por várias horas.
O Santa Portal não conseguiu apurar se a Polícia Civil já conseguiu obter as versões da mulher e do policial militar da ativa que supostamente estiveram com Barbosa na adega, horas antes dele desaparecer. Denúncia anônima à PM revelou que dois homens foram sequestrados na madrugada de domingo e levados à favela do Mangue Seco.
Essa comunidade fica próximo do lugar onde o Argo foi incendiado. Uma pessoa moradora nas imediações disse que passava pelo local quando dois homens lhe pediram para atear fogo no carro, pois “é de policial”, mas ela recusou. Essa testemunha afirmou desconhecer os nomes dos solicitantes.
O Argo foi achado com as quatro portas abertas. No banco dianteiro do passageiro havia um recipiente, o qual provavelmente conteria combustível. Junto à roda dianteira esquerda foi recolhido um frasco de álcool 70%. Barbosa era lotado na 4ª Companhia do 6º BPM/I quando foi exonerado da corporação, a pedido, em 3 de julho de 2023. (EF)
