Operário que morreu ao cair do 14º andar tinha como ajudante menor de 17 anos

Por Santa Portal em 17/05/2023 às 16:05

Reprodução/Google Maps
Reprodução/Google Maps

O trabalhador que morreu ao cair do 14ª andar de um prédio na orla da Praia do José Menino, em Santos, na tarde de terça-feira (16), tinha como único ajudante um adolescente de 17 anos. Ele trabalhava em uma empresa subcontratada para a execução da tarefa de lavagem da parte externa do edifício. A Polícia Civil apura o caso como homicídio culposo, ou seja, aquele decorrente de imprudência, imperícia ou negligência.

Síndico do Edifício Monte Branco, que fica na Avenida Presidente Wilson, 78, Ricardo Sabino Cavallini declarou no 7º DP que contratou a empresa ASJ, de propriedade de Antônio Soares Junior, para o serviço de limpeza de fachadas. Porém, apenas na data do acidente fatal é que ele soube que a contratada terceirizou a tarefa para a JN Serviços, representada por John Dias Cerqueira.

Ainda conforme o síndico, no contrato celebrado com a AJS, ele exigiu a utilização de todos os equipamentos de segurança. O acidente teve como vítima Alex Marcelino, de 43 anos, que morreu na hora. Para desempenhar a arriscada função de “cordeiro”, o trabalhador compareceu ao condomínio acompanhado de um menor de idade, que não teria vínculo com contratada e a subcontratada.

Segundo o adolescente, ele é amigo do filho de Alex e foi chamado pelo trabalhador para auxiliá-lo na lavagem das fachadas. O ajudante contou que levou para o topo do edifício os objetos para o serviço (contrapeso de concreto, banco e corda para a descida da vítima). O menor de idade também disse amarrou a corda na haste de ferro do contrapeso e desceu pelo elevador, antes da vítima iniciar a descida pelo banco suspenso pela corda.

Ainda conforme o adolescente, ele não sabe se Alex prendeu a corda em um segundo contrapeso, o que deveria ser feito. No momento da queda, o ajudante já estava no térreo. Perícia foi acionada para investigar a causa do acidente, mas preliminarmente não foi detectado rompimento da corda, que teria se soltado. O menor de idade afirmou que nunca teve desentendimento com a vítima e ficou desesperado com a situação. (EF)

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