Mulher presa em casa com drogas e armas em Guarujá é solta após dizer que foi ao local fazer tatuagem
Por Santa Portal em 16/10/2025 às 10:00
Uma mulher, de 22 anos, presa em uma casa com drogas e armas durante uma operação policial em Guarujá, no litoral de São Paulo, na última segunda-feira (13), obteve liberdade provisória após audiência de custódia realizada na manhã de terça-feira (14), pela Vara Regional das Garantias da 7ª Região Administrativa – Santos.
De acordo com a defesa, a jovem estava no imóvel localizado na Rua Antônio da Silva Melo, na comunidade Santa Cruz dos Navegantes, apenas para realizar uma tatuagem, não possuindo qualquer vínculo pessoal ou criminal com o investigado.
A prisão ocorreu durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão em imóveis ligados a uma investigação sobre tráfico de drogas e posse irregular de armas de fogo. Em um dos endereços vistoriados, em que a mulher estava, os policiais encontraram uma pistola calibre .380 com numeração raspada, munições de fuzil, porções de drogas, réplicas de armas e anotações que fariam referência ao PCC.
O Santa Portal teve acesso ao boletim de ocorrência. No documento, consta que o suspeito de ser o dono dos materiais havia deixado a residência momentos antes, após ser avisado da chegada dos policiais por “olheiros” que se escondem em área de mata na única entrada do bairro.
Os agentes também relataram que a mulher possui dois irmãos com antecedentes por tráfico de drogas e que o investigado seria seu companheiro.
No entanto, o advogado da jovem, Renan Lourenço, afirmou que “ela o conhecia superficialmente, pois foi até o local apenas para realizar uma tatuagem com ele. O contato entre ambos se limitou a esse momento específico. A prisão decorreu de uma presunção equivocada de envolvimento, já que nada foi encontrado com ela”.
Durante a audiência de custódia, a defesa apresentou comprovantes de residência, contrato de locação e provas de atividade lícita, destacando que a acusada é primária, mãe solo de uma menina de 4 anos e vive de forma regular.
Considerando esses elementos, a juíza responsável entendeu que não havia risco à ordem pública que justificasse a conversão da prisão em preventiva, concedendo liberdade provisória com medidas cautelares, como comparecimento bimestral em juízo e proibição de se ausentar da comarca sem autorização.
O inquérito policial foi concluído e o caso segue em fase judicial, aguardando audiência de instrução e julgamento. Segundo o advogado, “o objetivo é que, na fase de instrução, toda a verdade seja demonstrada em juízo, reafirmando que a prisão inicial decorreu de uma presunção equivocada. A defesa permanece confiante de que, ao final do processo, a inocência dela será plenamente reconhecida”, declarou Lourenço.