03/03/2022

Passageira acusa motorista do Uber de se masturbar durante corrida em Santos

Por Santa Portal em 03/03/2022 às 12:32

Parece inacreditável, mas aconteceu. O motorista por aplicativo começou a se masturbar dentro do carro enquanto dirigia, durante uma corrida em Santos. Perplexa e indignada com a cena, a passageira, uma professora de 67 anos, gritou, saiu do carro e denunciou o caso à Polícia Civil. A Uber desativou a conta do acusado na plataforma.

A mulher aproveitou o momento em que o veículo parou em um semáforo para desembarcar com segurança. Segundo ela, que é estrangeira e mora no Brasil há 30 anos, imediatamente, comunicou o fato à Uber e questionou se a empresa tomaria alguma providência, mas não obteve resposta.

O episódio ocorreu no último domingo (27) e a passageira não obteve retorno da empresa até a manhã de quarta-feira (2), conforme disse, quando compareceu ao 7⁰ DP (Gonzaga). A equipe da delegada Daniela Perez Lázaro registrou o caso como importunação sexual – crime previsto no artigo 215-A do Código Penal e punível com reclusão de um a cinco anos.

A vítima informou no distrito policial o prenome e a placa do carro do motorista. Ela relatou que solicitou uma corrida do Boqueirão até a Avenida Bartolomeu de Gusmão, no Embaré. Em dado momento, a passageira percebeu que o acusado estava com uma mão entre as pernas e se masturbava.

“Foi do nada. Achei muito estranho, porque perguntei algo e ele nada falou. De repente, vi que estava com tudo para fora, fazendo o que não devia. Foi um horror”, detalhou a professora com exclusividade ao Santa Portal.

Repúdio e exclusão do Uber

Por meio de nota ao Santa Portal, a Uber afirmou que “repudia qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e acredita na importância de combater e denunciar casos de assédio e violência. O motorista parceiro teve sua conta desativada da plataforma assim que a empresa tomou conhecimento do episódio. A Uber se coloca à disposição para colaborar com as autoridades no curso das investigações”.

Segundo a Uber, as mulheres têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro. “Por isso, a empresa segue investindo constantemente em conteúdos educativos contra o assédio para motoristas e entregadores parceiros e, recentemente, anunciamos, em parceria com o MeToo, um canal de suporte psicológico para apoiar vítimas de violência de gênero na plataforma”.

Desde 2018, conforme o comunicado oficial, a empresa mantém o compromisso de participar ativamente do enfrentamento da violência contra a mulher e possui diversos projetos voltados para isso. “Vale ressaltar também que segurança é uma prioridade para a Uber e inúmeras ferramentas atuam antes, durante e depois das viagens para torná-las mais tranquilas, como, por exemplo, o compartilhamento de localização, gravação de áudio, detecção de linguagem imprópria no chat, botão de ligar para a polícia, entre outros”. (EF)

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