Moradora de prédio chuta porta do síndico e ameaça família de morte

Por Santa Portal em 23/03/2023 às 11:00

A família do síndico de um prédio no bairro da Encruzilhada, em Santos, vem sendo ameaçada por uma moradora do mesmo edifício. A família relatou que, ao longo dos dez anos em que moram nesse imóvel, receberam diversos xingamentos, palavras de ódio, chutes na porta do apartamento e ameaças de morte.

Em um relato ao Santa Portal, a dentista Letícia Fernandes, filha do síndico, contou que há cerca de um mês, em uma reunião de condomínio a respeito do barulho da moradora de um dos apartamentos, ficou acordado que ela seria multada e a polícia deveria der chamada.

“A vizinha da porta da frente do meu pai, tem uma rotina de gritos desesperados. Ela pede socorro, ofende a irmã, que está internada, agride a mãe. E de uns meses para cá, essa situação se agravou bastante”, conta Letícia.

Sempre que o síndico do prédio tentava falar com a mãe da mulher, ela dizia que a filha estava apenas em “surto” e que não havia nenhum problema. Letícia e sua família “fecharam” os ouvidos durante esses dez anos. No entanto, nos últimos meses a mulher começou a ofender a vizinha do andar de baixo, que é uma mulher negra, com comentários racistas diários.

Depois que a decisão da reunião de condomínio foi tomada, a acusada não concordou com a situação e partiu para ataques diretos ao síndico e toda a sua família. Letícia conta que seus pais, irmão e irmã são vizinhos de porta da agressora, e que diariamente são ofendidos por ela.

“O problema maior é o fato de morarmos em frente a ela, o que faz com que ela se ache no direito de chutar nossa porta, retirar nossas decorações, jogar bitucas de cigarro acesas em nosso tapete, envenenar nossos animais de estimação”, explica.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Letícia mostra a vizinha chutando a porta da casa do seu pai, proferindo diversos xingamentos a todos da família dela e fazendo ameaças de morte.

“Além de gritar o nome do meu pai, o síndico, e me apelidar de ‘putinha’ quando se refere a nós gritando na garagem do prédio empresarial ao lado, dizendo coisas horrendas como: ‘vou jogar gasolina e fogo no apartamento de vocês’, ‘dou um mês para saírem, se não vão direto para o necrotério’, ‘por estarem malandrinhos quero matar vocês’, entre outras coisas”, conta.

Letícia explicou que, por anos, sempre houve uma tentativa de resolução pacífica do problema por parte dos seus pais. Mas recentemente a situação saiu do controle. As frequentes ameaças de morte têm preocupado a família que, agora, vive com o medo constante.

“Estamos muito assustados, meu pai já abriu boletim de ocorrência, mas toda vez que se apresenta em algum dos contatos com Samu ou polícia, somos informados de que aquilo não tem valor algum, pois só podem proceder se flagrarem ela agredindo ou mesmo assassinando alguém. Nem mesmo as ofensas e ameaças verbais que ela gritava enquanto a polícia estava do lado de fora do prédio, ontem, serviram de “flagrante””, desabafa Letícia.

Ela conta que o Samu e a Polícia Militar estiveram no prédio na noite da última terça-feira (21), mas que eles relataram que a vizinha não oferece nenhum risco a sociedade.

Letícia termina dizendo que sua família não aguenta mais essa impunidade e pede para que as autoridades tomem alguma atitude. Tanto ela quanto a família estão com medo do que pode vir a acontecer se nada for feito.

“Estamos fartos dessa impunidade, de sentir medo, de sentir raiva e saber que não podemos consumar, pois aí sim medidas seriam tomadas, mas não em favor das reais vítimas. Racismo, agressões verbais, degradação de patrimônio privado, vandalismo, tentativa de invasão de domicílio, perturbação da ordem, são crimes que não mais aceitaremos calados. A cada reincidência ela tem mais liberdade, por saber da impunidade”, afirma ela.

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