06/02/2020

Marido da mulher morta em Guarujá: "Minha luta não vai trazê-la de volta mas quero Justiça"

Por Ted Sartori/#Santaportal em 06/02/2020 às 12:19

POLÍCIA – Claudio Fernando de Aguiar busca por justiça para a morte de sua esposa, Virginia Tavares Ferraz Ramos, de 38 anos. A empresária faleceu na segunda-feira (3), após tentativa de assalto em Guarujá. Dois já estão presos – o primeiro (Carlos Eduardo Silva de Carvalho) confessou que atirou e o segundo, dedurado pelo outro, estaria no banco, de onde Virgínia havia saído. A polícia, agora, está na pista do terceiro, que estaria guiando um carro para o segundo.

“Minha luta não vai trazer minha esposa de volta, mas morar em uma cidade pequena como a nossa e ter o desprazer de cruzar com algum deles na rua é um absurdo”, afirma o diretor da ISTV, de Guarujá. Ele, que é professor, também já foi secretário dos Portos e Aeroportos de Santos, bem como secretário de Desenvolvimento Econômico de Guarujá. Nas eleições de 2018, Cláudio foi candidato a governador de São Paulo pelo PMN (Partido da Mobilização Nacional).

Claudio acredita que a ação contra Virgina foi premeditada. “Vou ao banco buscar imagens e pegar o trajeto dela, pegar todas as imagens de câmeras em torno para provar que ela foi literamente perseguida e que foi um crime premeditado, que sabiam o que estavam fazendo. E que, assim, fique algum tempo na cadeia, para que a Justiça não tenha que soltá-los por falta de provas. Até porque a gente sabe que, no Brasil, eles ficam dois, três anos presos, o advogado arranja um álibi e são soltos”, comenta.

Cláudio estava em Belo Horizonte em meio a uma viagem de negócios. Ao final da reunião, como não havia almoçado, ele foi em direção a uma loja de fast-food, por volta das 15h30, pois não tinha almoçado em razão da sequência de compromissos. “O zelador do meu prédio, então, me liga, perguntando se eu já sabia o que estava acontecendo. E pediu para que eu ficasse calmo. Aquilo já me preocupou. E contou a história, dizendo que a Virginia tinha sido baleada e estava a caminho do hospital. Pelo telefone, eu escutava a sirene da viatura. Disse: ‘Ai, meu Deus do Céu!’ E desliguei”, conta.

Dali em diante, Claudio preocupou-se em retornar o quanto antes, além de estar em contato sobre as providências destinadas à esposa em termos hospitalares. “Peguei um Uber para o Aeroporto de Confins, que fica a uma hora do centro de Belo Horizonte, já que o da Pampulha não recebe mais voos comerciais. Por sorte, tinha avião às 19h15. Cheguei às 19 horas, comprei o ticket e embarquei para São Paulo. Desci em Congonhas às 20 horas, peguei meu carro e desci a Serra voando. Mas ela não resistiu”, relembra.

O caso
Tudo aconteceu na Avenida Miguel Antonio Gonzalez, em frente à esmalteria da qual Virginia era dona. O Santaportal apurou que Virginia havia ido a um banco, na Avenida Ademar de Barros. Ao ir a sua loja, ela saiu do carro, o pai, que a acompanhava, entrou no comércio, enquanto ela foi surpreendida por um homem. Ela se assustou, sem reagir, e acabou baleada duas vezes no abdômen.

O pai de Virginia percebeu, foi correndo atrás do homem, entrou em luta corporal com ele e o segurou até a polícia chegar. Populares também ajudaram a mantê-lo detido, além do socorro a Virginia.

Virginia chegou a ser internada na Unidade de Urgência e Emergência do Hospital Santo Amaro, às 18h11 de ontem. Ela foi submetida à intervenção cirúrgica de emergência e morreu durante o procedimento, após sofrer três paradas cardiorrespiratórias, de acordo com o hospital.

Veja um vídeo em que mostra o primeiro que foi preso, momentos antes de atirar em Virginia

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