28/07/2017

Justiça arquiva parte do caso contra pai da jovem Glória; Adolescente alega sofrer maus tratos

Por #Santaportal em 28/07/2017 às 17:51

POLÍCIA – A Justiça arquivou a denúncia da jovem Glória Rocha, de 17 anos, contra o pai Joselito Oliveira Rocha, que teria forçado a adolescente a fazer um falso boletim de ocorrência de sequestro. A jovem ficou conhecida após sumir do colégio onde estuda em Santos no mês de junho . Ao voltar para a cidade, a família da estudante alegou que ela havia sido sequestrada, mas ela desmentiu a história e afirmou ter saído de casa por sofrer violência doméstica do pai.

O inquérito foi finalizado na segunda-feira (24) pela delegada Ligia Ribeiro de Mello e apresentado ao promotor de Justiça Rogério Pereira da Luz Ferreira, que não encontrou base para oferecer uma ação penal. Segundo o promotor, existe um conflito familiar, mas não há comprovação de grave ameaça. Na quarta-feira (26), a juíza Lívia Maria de Oliveira Costa decidiu pelo arquivamento dos autos.

Glória fugiu de casa no dia 5 de junho. Inicialmente ela ficou hospedada na residência de um amigo de escola, e depois seguiu para Mongaguá. Na cidade ela encontrou com a irmã biológica, por parte de mãe, Erika Cristina Carballo (foto). A jovem relatou as agressões sofridas pelo pai, e a irmã também afirmou que sofria de violência doméstica do padastro Joselito.

O advogado de Glória e Érika, Darcio Cesar Marques, apesar da decisão da Justiça, irá pedir uma reabertura do processo. Dessa vez ele quer provar que Joselito registrou a ocorrência mesmo sabendo que nada disso havia acontecido.

Já o inquérito de violência doméstica ainda está aberto na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos. A investigação segue em segredo de justiça, e é liderada pela delegada Fernanda dos Santos Souza.

Caso
Glória Rocha ficou conhecida depois que seu pai fez uma publicação no Facebook procurando pela filha. A última vez que ela havia sido visto foi no dia 5 de junho, quando a mãe a deixou na porta da escola, no bairro Gonzaga. Inicialmente o caso foi tratado como se a menina tivesse fugido de casa, mas cinco dias depois ela reapareceu e registrou um boletim de ocorrência alegando que foi sequestrada pela mãe de um colega de escola.

Logo depois ela disse que foi coagida pelo pai, sob ameça de morte, a realizar o boletim de ocorrência contra a mãe do amigo. Ela afirmou que fugiu do pai que a agredia, e também era agressivo com sua mãe.

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