Homem pega mais de 29 anos por matar e esconder corpo de mulher em SV
Por Santa Portal em 12/04/2023 às 11:00
Jonathas Soares de Santana, de 37 anos, foi julgado e condenado há 29 anos e 10 meses de prisão por matar e esconder o corpo de Joice Maria da Gloria Rodrigues, em outubro de 2021. O julgamento aconteceu na última terça-feira (11) no Fórum de Santos e a sentença foi dada por volta das 23h.
Mesmo com a condenação a defesa ainda poderá recorrer da decisão. Durante o julgamento, Jonathas se declarou inocente e a defesa apresentou um vídeo onde o pedreiro que teria sido cúmplice do crime, mudou a versão anterior, contando que o réu é inocente.
Edmilson Veríssimo da Silva, de 58 anos, é acusado de ocultação de cadáver, ou seja, ele teria ajudado Jonathas a concretar a vítima na parede. A defesa de Edmilson entrou com um recurso e o processo foi desmembrado.
Jonathas foi encaminhado para a prisão onde aguarda um novo processo para ter sua pena reduzida ou não, já Edmilson espera para ser julgado.
Relembre o caso
Joice Maria da Gloria Rodrigues foi encontrada morta e concretada dentro de uma parede em uma construção em São Vicente. O crime aconteceu no dia 27 de setembro de 2021.
Os policiais civis foram ao local e derrubaram parte da parede, encontrando o corpo, que foi retirado da edificação em que era ocultado com auxílio do Corpo de Bombeiros. O cadáver estava nu, com uma camiseta preta enrolada no pescoço.
Durante a apuração, os investigadores descobriram que depois da relação sexual com o pedreiro, a vítima e o servente brigaram. Ainda não se sabe o motivo do conflito ou se os dois tiveram relações sexuais.
“Quando o pedreiro percebeu, o servente já estava estrangulando a jovem com uma camiseta preta. Os dois participaram do homicídio. Aguardamos resultados de alguns exames para o esclarecimento total”, disse o delegado Dr. Thiago Nemi Bonametti.
Há possibilidade da vítima ter sido estuprada. O resultado depende de laudos ou de provas concretas. O exame é feito pelo médico legista, mas pela condição do corpo, o delegado adianta que será difícil chegar a uma conclusão.
De acordo com Bonametti, o segundo autuado pareceu frio com a situação, não demonstrou preocupação e negou o envolvimento. O primeiro era conhecido do bairro e mantinha um relacionamento íntimo esporádico.
Os dois continuaram trabalhando normalmente por dias após o crime de matar e esconder o corpo da vítima.