Estudante diz ter sido comparado com macaco durante aula em escola estadual
Por Santa Portal em 12/03/2025 às 15:00

Um estudante de 16 anos alega ter sido vítima de injúria racial por um professor, durante uma aula de Química, na última segunda-feira (10), na Escola Estadual Professor Jon Teodoresco, no bairro Mosteiro, em Itanhaém.
Segundo informações do Boletim de Ocorrência, o caso foi registrado pela irmã do adolescente, uma mulher de 37 anos. Ela relata que o episódio ocorreu após o seu irmão ter entrado com um sagui na sala de aula.
O professor teria pedido para o jovem não olhar para o animal e teria dito que ele poderia “confundi-lo com um membro da família”. O sagui é um primata e considerado parte do grupo dos macacos.
O estudante ficou desconfortável com a situação e o docente ainda teria finalizando dizendo que “a sala toda era um macaco”.
Após o ocorrido, o adolescente conversou sobre a situação com a sua mãe. Os dois foram até a escola fazer uma reclamação sobre o comportamento do professor.
Procurada pelo Santa Portal, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) afirma que repudia qualquer tipo de discriminação, dentro ou fora do ambiente escolar. “A Diretoria de Ensino de São Vicente vai abrir uma apuração para avaliar a conduta do docente, que poderá acarretar sanções administrativas”, diz.
“A unidade intensificará projetos para fortalecer a convivência pacífica, o respeito e o combate ao bullying e racismo. Um psicólogo do Programa Psicólogos nas Escolas está à disposição do aluno. A Diretoria de Ensino e a direção escolar permanecem à disposição dos familiares para mais esclarecimentos”, conclui a nota da Seduc-SP.
Já a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo destaca que a Polícia Civil investiga um caso de injúria ocorrido na manhã de segunda-feira (10) em uma escola no bairro Mosteiro, em Itanhaém. Segundo o boletim de ocorrência, um professor da instituição fez um comentário ofensivo contra um aluno, de 16 anos, durante a aula. O caso foi registrado como preconceitos de raça ou de cor pelo 1º DP de Itanhaém que atua para esclarecer os fatos.