Criança de cinco anos é molestada por colega de escola em Praia Grande
Por Santa Portal em 10/12/2021 às 06:01
Um menino de 5 anos afirmou à mãe que foi molestado por um colega de escola em uma unidade municipal no bairro Boqueirão, em Praia Grande.
Ela relatou que no último dia 1, estava em casa brincando com o filho, quando ele disse que um colega de sala é “muito mau”, e que tinha muita raiva dele. A mãe, então, perguntou o motivo, ao que o menino respondeu que estava no banheiro para urinar, com as calças abaixadas. Logo depois, o colega teria dado um soco em seu rosto e introduzido o dedo em seu ânus, o que lhe causou muita dor e o fez chorar. De acordo com a criança, aquela não foi a primeira vez que o colega fez aquilo.
A mãe fez mais perguntas sobre isso ao filho, e ele repetiu a história. No entanto, a criança não soube precisar a data de quando isso aconteceu, mas a mãe acredita que a agressão teria ocorrido no mês de novembro, na primeira quinzena, pois há 20 dias o filho não vai à escola por conta de um resfriado.
Em entrevista ao Santa Portal, a mãe da criança disse que, na hora, perguntou porque ele não reagiu, e ele disse que estava com medo.
“Meu filho é muito puro. Não sabe o que são essas coisas, nunca nem viu os pais se beijando. Nós ensinamos para ele que as únicas pessoas que podem vê-lo sem roupa são a mamãe e o papai”, afirma. Por conta da agressão sofrida, ela diz que o menino tem medo de ir ao banheiro da própria casa sozinho.
Em seguida, ela perguntou se o filho não contou aos professores o que o colega fez. Ele respondeu que informou a uma professora, que repreendeu o outro aluno. Por isso, ela enviou uma mensagem à professora questionando-a sobre a história. A mesma, no entanto, negou que o menino tivesse lhe contado.
“Na segunda-feira, fui chamada para ir na escola às 14h. Lá, a professora mudou a versão dela, disse que presenciou ele saindo correndo do banheiro e o outro vindo atrás, batendo nele”, conta a mãe.
No mesmo dia, ela registrou um boletim de ocorrência no 2º DP de Praia Grande. De acordo com ela, nenhum representante da escola entrou em contato para comunicá-la do ocorrido.
A mulher afirma que a escola, o tempo todo, a chama de mentirosa, mas que conseguiu mais dois relatos de crianças que teriam passado pela mesma situação com o menino. “A escola não vai dizer que é verdade, porque os responsáveis são eles”, diz.
A criança chegou a passar por um exame de corpo de delito no IML, que foi inconclusivo por conta do espaço de tempo entre o fato e a data em que relatou a história à mãe. Ela tirou o menino da escola.
O que diz a Prefeitura
Em nota, a Secretaria de Educação (Seduc) de Praia Grande informa que tomou ciência das acusações na última segunda-feira (6), por meio da diretora da unidade de ensino, que foi comunicada pela mãe da criança na mesma data. No entanto, a Prefeitura afirma que o menino não comparecia à escola há 20 dias.
“A equipe gestora está apurando os fatos e adotando as providências cabíveis. A Secretaria de Educação e Conselho Tutelar estão acompanhando toda a situação e a equipe gestora já se comprometeu a prestar todo o apoio necessário às famílias envolvidas”, disse a nota.
A Seduc informa, ainda, que em Praia Grande, as escolas podem receber 100% dos alunos, no entanto, a presença não é obrigatória. Pais e responsáveis podem escolher manter os filhos acompanhando as aulas de forma remota.