Casa usada por envolvidos na morte de ex-delegado é encontrada em Praia Grande
Por Santa Portal em 19/09/2025 às 10:00
A casa usada pelos envolvidos no assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes foi encontrada pela Polícia Civil no bairro Jardim Imperador, em Praia Grande, a cerca de 8 km do local onde ocorreu o crime. Segundo a investigação, o dono da casa é irmão de um policial militar.
Os investigadores conseguiram a localização do imóvel devido ao depoimento de Dahesly Oliveira Pires, presa na madrugada desta quinta-feira (18). Dahesly saiu de Diadema, onde mora, para buscar na casa de Praia Grande o fuzil usado no crime. Após a execução, ela levou o armamento de volta ao ABC Paulista.
Uma denúncia anônima, que apontou uma movimentação fora do comum, também auxiliou na descoberta da residência. A Polícia Civil realizou perícia no imóvel e encontrou mais de 40 materiais genéticos, incluindo o do dono da casa e seu irmão policial. Equipes da Corregedoria da Polícia Militar estiveram na cidade na manhã desta sexta (19) cumprindo mandados de busca e apreensão.
O dono da casa e o irmão não são apontados como envolvidos na morte do delegado, mas passam a ser investigados. Até o momento, a Secretaria de Segurança Pública identificou mais três envolvidos, além de Dahesly: Flávio Henrique Ferreira de Souza, 24, Felipe Avelino da Silva, 33, conhecido dentro do Primeiro Comando da Capital (PCC) como Mascherano e Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, que teria dado a ordem à Dahesly de buscar o fuzil.
*Com informações do Metrópoles
“Não resta dúvida” sobre a participação do crime organizado
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, confirmou o envolvimento do crime organizado no assassinato. “Que há participação do crime organizado, para nós não resta dúvida”, afirmou. Segundo o secretário, há duas linhas de investigação: represália por ações de Ruy durante sua carreira na Polícia Civil ou questões ligadas à sua atuação como titular da Secretaria de Administração de Praia Grande, onde era responsável por licitações, pelo patrimônio público da Cidade e pela folha de pagamento.
As investigações também apuram se há alguma ligação com outros membros da facção criminosa, como o homem conhecido como Azul, que deixou o presídio federal de Mossoró (RN) em agosto.
“A gente não descarta nenhuma linha de investigação. Existe uma investigação em cima de alguns faccionados e ele [Azul] é um deles, mas não significa que esteja necessariamente envolvido. Estamos apurando através das investigações se existe algum vínculo”, afirmou o delegado-geral de São Paulo, Artur Dian.