Ativista é indiciado por tentativa de estupro de vulnerável após oferecer sexo oral a menino em shopping
Por Santa Portal em 14/06/2024 às 16:00
O ativista acusado de assediar sexualmente um menino de 13 anos em um shopping no bairro Gonzaga, em Santos, foi indicado por tentativa de estupro de vulnerável, pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que investiga o caso.
A Polícia Civil analisou imagens das câmeras de monitoramento do shopping e ouviu testemunhas que corroboraram a versão do jovem. Com base nisso, a delegada Débora Lázaro, responsável pelo caso, resolveu indiciar o suspeito com essa qualificação.
Entenda o caso
Um menino de 13 anos foi assediado sexualmente por um homem, no último dia 6, dentro do banheiro masculino de um shopping localizado no bairro Gonzaga, em Santos.
A vítima estava com a sua mãe passeando pelo shopping, quando sentiu necessidade de ir ao banheiro. Quando estava no sanitário, o garoto teria sido abordado por um homem, que atuava no Conselho Municipal de Políticas LGBT+ (CONLGBT) de Santos.
“Não costumo sair muito com eles, raramente vamos em shoppings. Não me sinto confortável de levar ele para o banheiro das mulheres. Dessa vez eu deixei (ir ao sanitário masculino) porque ele estava muito apertado, acabei deixando ele ir na frente. Estou acabada de verdade. A gente foi no shopping, comemos, saí rápido para ir na Besni, que ia fechar (pelo horário). Ele foi na frente correndo, o outro irmão quis ir junto. Depois, ele saiu rápido do banheiro. Ainda falei para ele pegar papel porque o nariz estava escorrendo. Aí ele falou: ‘Mãe, tu não sabe, um cara chegou e perguntou se podia fazer um (sexo oral) em mim’”, contou a mãe da criança, em suas redes sociais.
A mulher falou que ficou esperando para ver quem era o suspeito e destacou o suporte dado pelos funcionários do shopping.
“Perguntei (ao meu filho) se tinha visto a cara dele. A gente ficou lá esperando. Fiquei pensando no que fazer, um dos meus filhos encontrou as mulheres da limpeza, pelo rádio chamaram o segurança. Falaram que esse cara já fica fazendo a mesma coisa com todos os caras. Nessa daí comecei a xingar ele. Primeiro ele disse que não, ficou negando. Eu disse que meu filho jamais ia mentir com isso. O segurança ficou com medo de lincharem ele e perguntou se eu queria fazer o BO, segurou ele. Chamei a polícia para a gente fazer um Boletim de Ocorrência”, disse.
Por meio de suas redes sociais., o CONLGBT se manifestou sobre o caso. Segundo a entidade, o conselheiro pediu afastamento e já não exerce mais suas funções no Conselho.
Leia a nota do CONLGBT na íntegra:
O CONLGBT vem a público manifestar que está ciente do suposto caso de assédio envolvendo um de seus conselheiros. Informamos que tal conselheiro já solicitou o seu afastamento, no que foi prontamente atendido por este conselho.
Em primeiro lugar, repudiamos, veementemente, qualquer forma de comportamento ilícito ou desrespeitoso, seja LGBTQIA+ ou não.
Entendemos a gravidade da situação e estamos comprometidos a ajudar as autoridades no que for preciso para que se realize uma investigação minuciosa e imparcial. Ressaltamos aqui, a importância de garantir o devido processo legal, bem como o direito à ampla defesa e ao contraditório para apuração dos fatos.
Por fim, é necessário apontar que é descabido relacionar o suposto comportamento criminoso com a orientação sexual do seu eventual autor e, muito menos, com toda comunidade LGBTQIA+.
É o que cabe nos informar neste momento.
Diretoria Executiva
Comissão Jurídica e Comissão de Comunicação
CONLGBT Santos