Após três dias de julgamento, PM acusado de matar ex-secretário de governo de Guarujá é inocentado
Por #Santaportal em 21/10/2017 às 00:57
SÃO PAULO – Após três dias de julgamento, o policial militar Anderson Willians da Silva foi absolvido da acusação de ter sido o responsável pela morte do ex-secretário de governo de Guarujá, Ricardo Joaquim. O veredito saiu no fim da noite desta sexta-feira (20), no Fórum da Barra Funda, em São Paulo.
Anderson foi o primeiro dos acusados de envolvimento na morte do político a ir a julgamento. Além do PM, mais três pessoas também respondem pelo crime. No entanto, a tese da defesa convenceu os jurados, que decidiram pela absolvição de Anderson Willians da Silva, que estava detido no presídio Romão Gomes, na capital paulista.
Na quarta-feira (18), o primeiro dia de julgamento, três testemunhas de acusação foram ouvidas, dentre elas o delegado responsável pelo caso, Luiz Ricardo Lara. No dia seguinte (19), foi a vez das três testemunhas de defesa falarem. Dentre essas testemunhas estava o perito Domingos Tochetto, que foi contratado pela defesa do PM para analisar a pistola usada para matar Ricardo Joaquim, e contestou o laudo oficial do inquérito.
Nesta sexta-feira (20), no terceiro e último dia de julgamento, a sessão foi retomada às 10h. O acusado foi ouvido e, na sequência, a defesa e a acusação apresentaram as suas argumentações finais, antes que o júri se reunisse para deliberar sobre o caso. Pouco depois das 23h, saiu o veredito dos jurados absolvendo Anderson da acusação de assassinato do ex-secretário.
Entenda o caso
Ricardo Joaquim foi assassinado no dia 8 de março de 2012 durante um encontro político. Para a polícia, o ex-secretário de governo de Guarujá teria se envolvido em questões relacionadas a uma área de mais de 1 milhão de metros quadrados, o Jardim Virginia.
As terras foram compradas em 2010 pela empresa Tera, que pertence a um empresário de Campinas. As investigações apontam que Ricardo Joaquim teria recebido dinheiro para acabar com as dívidas de IPTU do terreno, mas como foi exonerado do cargo, não cumpriu a promessa e foi morto.
O ex-policial militar Anderson Willians da Silva foi acusado de ter sido o autor do disparo que matou Joaquim. Na época do crime, apenas 20 dias após o assassinato, o réu abriu um comércio em Guarujá.
Os empresários Felício Bragante e Edis Vedovatti também respondem pelo crime, mas em liberdade. Segundo as investigações, eles seriam os mandantes do assassinato.