Após identificação por DNA, irmão cobra respostas da polícia sobre turista morto no Sangava
Por Rodrigo Martins em 26/06/2024 às 21:00
O irmão do turista carioca Bruno Rodrigues Magalhães, de 34 anos, cujo corpo foi encontrado carbonizado na Praia do Sangava, em Guarujá, falou sobre como a família da vítima recebeu a confirmação da morte dele após exame de DNA. Além disso, a família também cobra respostas das autoridades sobre as investigações.
“Na terça-feira (25), a gente recebeu a notícia positiva do (teste de) DNA, através do IML de Praia Grande. Recebemos essa notícia, era algo que a gente já esperava e já sabia, mas esperávamos apenas essa confirmação. Na sexta vou para Praia Grande resolver essa liberação do corpo para cá, para o Rio de Janeiro, e vamos fazer o sepultamento por aqui mesmo”, disse Marcelo Rodrigues Magalhães, ao Santa Portal.
O irmão da vítima contou que os mais de três meses de espera foram de muita angústia e dor para a família.
“Desde quando eu saí de Santos, na Sexta Santa (no dia 29 de março), não tive nenhum posicionamento da polícia referente ao caso. Não temos posicionamento nenhum, nem o nosso advogado recebeu. Não conseguimos compreender que foram quase 90 dias para sair o exame de DNA. É uma angústia essa demora tremenda, a gente entende que é algo que poderia ser mais rápido”, afirmou.
Marcelo destacou ainda que a família espera pelo resultado das investigações, porém criticou o andamento do caso pela Polícia Civil.
“A gente não sabe de nada, o que aconteceu ou como estão as investigações. Desde o caso, já se passaram mais de três meses. É uma família esperando (por respostas), uma mãe esperando. Não conseguimos finalizar isso. A gente espera conseguir agilidade nesse processo, de documentação, agilizar essa burocracia de trazer o traslado e fazer o sepultamento da maneira como deve ser. A gente cobra agora dos órgãos públicos, da Polícia (Civil), algum posicionamento sobre as investigações do caso do assassinato dele”, concluiu.
Foto: Reprodução
Procurada pelo Santa Portal, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo informa que o caso é investigado através de inquérito policial na 3ª Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Santos. A autoridade policial recebeu o exame de DNA, do Instituto Médico Legal (IML), confirmando que o corpo localizado no dia 28 de março é do turista desaparecido. A equipe da unidade prossegue com as diligências para esclarecer todos os fatos.
Entenda o caso
Um turista carioca desapareceu após acampar na trilha da Praia do Sangava, em Guarujá, no dia 13 de março. As buscas por Bruno foram realizadas pelo Corpo de Bombeiros.
De acordo com a corporação, o turista frequentemente fazia trilhas e acampamentos e, segundo seu irmão mais velho, saiu sozinho para acampar no local. Antes de partir para a trilha, a vítima chegou a enviar fotos para os familiares. Na ocasião, segundo o Corpo de Bombeiros, Bruno parecia estar hospedado em um hostel.
No dia 16 de março, um pescador que passava de barco avistou a barraca de Bruno e encontrou pertences da vítima, que foram entregues ao irmão. Além da barraca, que estava fechada, haviam roupas, carteiras com dinheiro e cartões, comida e outros objetos. O Corpo de Bombeiros informou que o irmão sentiu falta do celular e da mala que Bruno levou.
O corpo do turista foi encontrado em uma área de difícil acesso na Praia do Sangava. Por causa do avançado estado de decomposição da vítima, um exame de DNA foi necessário para a confirmação da identidade da vítima.