Acusado de integrar PCC morre com tiro na nuca e PMs são suspeitos de disparar
Por Santa Portal em 21/08/2022 às 07:30
Bryan Brasílio Torres da Silva, de 26 anos, foi morto com um tiro na nuca, em Itanhaém, na sexta-feira (19) à noite. Uma das hipóteses a ser investigada é a de que o disparo foi efetuado por policiais militares ao tentarem abordar um grupo de suspeitos do qual o rapaz fazia parte. Acusado de pertencer ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e condenado a cinco anos e três meses de reclusão por integrar organização criminosa, ele cumpria a pena em regime aberto.
Um irmão de Bryan relatou que encontrou o irmão aparentemente sem vida em uma área de mangue no final da Rua Manoel Francisco Lisboa, no bairro Belas Artes, mas mesmo assim o levou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itanhaém. A equipe médica constatou a morte em decorrência de disparo de arma de fogo na região da nuca. Não havia orifício de saída, de acordo com os profissionais, mas o projétil não chegou a ser extraído.
A retirada do projétil deverá ocorrer durante exame necroscópico a ser realizado no Instituto Médico-Legal (IML) de Praia Grande. De posse desse material, a perícia poderá realizar o confronto balístico com as armas dos PMs que participaram da tentativa de abordagem, se de fato ela aconteceu. O caso foi registrado pelo delegado Ricardo Marinho Correa, no plantão permanente da Delegacia Seccional de Itanhaém. Testemunhas presenciais do fato não foram identificadas.
Segundo o irmão, ele foi ao mangue após ser alertado pela mãe. Com base em informações prestadas por populares, a mulher contou que Bryan estaria com pessoas ligadas ao tráfico de drogas na Rua Manoel Francisco Lisboa e todos correram em direção ao mangue após policiais militares tentarem abordá-los. O tiro teria ocorrido durante a fuga dos suspeitos. Ninguém chegou a ser preso. A PM também não comunicou a suposta ocorrência na Seccional. (EF)
