Férias de fim de ano: dicas para viajar com pets
Por Santa Portal em 17/12/2021 às 10:19
O avanço da vacinação contra a pandemia da Covid-19 revela que pessoas que desejam viajar aumentou no país. De acordo com dados divulgados (Setembro, 2021) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de atividades turísticas acumula crescimento de 49,1%. E, conforme declarado pela Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (BRAZTOA), desde maio deste ano, o turismo doméstico aumentou 20% ao mês.
As decisões das famílias por viagens também incluem a preocupação com o bem-estar dos animais de estimação. Pais e mães de pets que desejam a companhia do seu animalzinho durante as férias, precisam estar atentos às orientações de segurança ao viajar com o pet, seja no transporte aéreo ou terrestre.
Uma pesquisa comportamental realizada pela DogHero, (Outubro, 2019) maior empresa de serviços para pets da América Latina, revelou o quanto as viagens estão inseridas na vida dos brasileiros. Com destaque absoluto para os destinos nacionais (50,8%), o levantamento revela a preferência dos 1.521 respondentes, que são pais e mães de pets. Muitos ainda combinam roteiros nacionais e internacionais (31,4%) e destinos internacionais (17,8%). Sobre o meio de transporte, a maioria prefere viajar de avião (72,7%), sendo que as viagens de carro (24,8%) e ônibus (2,5%) também foram consideradas.
Deixar o pet seguro e confortável é primordial durante os deslocamentos. Isto reforça a importância de avaliar com antecedência todos os preparativos necessários para as férias de fim de ano. Ademais, existem algumas dificuldades associadas com a utilização do meio de transporte e tempo de viagem. Um dos maiores desafios para os tutores de filhotes, e pets idosos, por exemplo, é quando precisam se ausentar, pois esses necessitam de cuidados especiais.
A médica veterinária Thais Matos, especialista da área de Confiança e Segurança da DogHero , maior empresa de serviços para pets da América Latina, menciona que os cuidados são essenciais para ter uma viagem tranquila com ou sem a companhia do pet.
“Pet saudável é pet vacinado. Portanto, o primeiro ponto a verificar é se a carteirinha de vacinação está em dia. Seja qual for a opção de transporte, é imprescindível respeitar as regras para que tudo ocorra bem e todos tenham uma viagem agradável. E mesmo que o tutor não leve o animal de estimação, tanto os serviços de hospedagem familiar como o de pet sitter são excelentes soluções para garantir os cuidados com cães e gatos na ausência de seus tutores. Vacinas precisam ser aplicadas anualmente, sempre com a orientação de um profissional. Seguir o cartão de vacinação ajuda a evitar diversas doenças” , explica Thaís.
Mesmo com o desafio atual da volta à rotina, em algumas localidades já está disponível o serviço de veterinário em domicílio , idealizado para facilitar a vida de pais e mães de pets com consultas e vacinação em casa.
Confira algumas dicas da médica veterinária da DogHero para aproveitar as viagens de fim de ano e manter o bem-estar dos pets!
Pet em viagens de avião (nacionais e internacionais) – Ao escolher passar as férias em território nacional saiba que a grande maioria das companhias aéreas brasileiras permite viajar com o pet no avião. Animais de estimação de pequeno porte (até 10 kg) podem viajar na cabine. Portanto, antes de escolher a companhia aérea, o ideal é pesquisar sobre as determinações de cada uma. Assim, o tutor pode comprar a passagem com a companhia cuja política de transporte de animais seja a mais agradável para ele e o seu pet. A princípio, apesar de não haver uma legislação específica para levar pets no avião, alguns documentos padrões são requeridos antes da viagem.
Para viagens nacionais, o tutor precisa apresentar o atestado de saúde (feito por um médico veterinário), a carteira de vacinação e o comprovante atualizado de vacina antirrábica. Para viagens internacionais os documentos necessários são: carteira de vacinação; Certificado Zoosanitário Internacional (CZI); Certificado Veterinário Internacional (CVI) e Laudo Sanitário. Alguns Países pedem que o pet tenha um microchip implantado, para que ele possa ser identificado. Caso não conheça, o chip para o cãozinho, por exemplo, que é do tamanho de um grão de arroz, serve para armazenar as principais informações do pet, como nome, espécie, sexo, cor, idade, raça e os dados do tutor. O tutor precisa se informar sobre as restrições de entrada de pets no país de destino, pois vários países voltaram a proibir a entrada de pets de determinados locais do mundo.
A primeira dica para levar o seu cachorro no avião com tranquilidade é habituá-lo à situação antes do voo. Isso porque a viagem pode causar muito estresse e até pânico para os cães que nunca entraram em um avião ou ao menos em uma caixa de transporte. Por isso, o ideal é que o pai ou mãe do pet introduza uma experiência parecida para que ele se habitue à caixa de transporte. Nunca force o pet a entrar na caixa! Deixe a caixa de transporte aberta e sempre à vista do pet para que ela se torne familiar para ele. Ofereça petiscos dentro dela e faça um carinho quando ele entrar. Se possível, ofereça uma das refeições do dia dentro da caixa. Fazer passeios gradativos com ele dentro da caixa é outra orientação bem importante. Esse “treino” deve começar a ocorrer pelo menos um mês antes da viagem, para que o pet possa ter tempo suficiente de se acostumar com a caixa e não gerar nenhum trauma nele.
Pet em viagens de carro – Todos devem utilizar o cinto de segurança, inclusive os cães. O cinto de segurança específico para pets, que foi desenvolvido especialmente para isso. O equipamento funciona como um extensor, pois é fixado no fecho do cinto do carro e ao peitoral do seu animal de estimação (ao mesmo tempo). Para os felinos, a caixa transportadora promove conforto e segurança e também precisa ficar presa no cinto de segurança.
Pets, sempre no banco de trás e nunca no “chão” (espaço para colocar os pés dos passageiros). No banco traseiro do carro seu animal de estimação estará muito mais seguro. Outra coisa que vai deixar o cãozinho mais tranquilo e confortável durante o trajeto, é colocar a caminha dele no banco do carro e caso o automóvel tenha ar condicionado, procure deixar a temperatura neutra, ou seja, nem quente nem fria.
Deixar o pet tomar aquele ventinho durante a viagem também não é conveniente, pois pode dar dor de ouvido no seu cãozinho e prejudicar a audição, além de causar irritação nos olhos dele. Também não é seguro, pois há o risco de acidentes se o condutor do veículo não estiver concentrado no trânsito.
Utilizar as capas protetoras pet para carro pode ser uma dica para tornar a viagem com seu animal de estimação muito mais agradável. São confeccionadas em tecido, para deixar seu pet todo confortável e os modelos impermeáveis conferem segurança, além de não deixar o cãozinho escorregando no banco, também protegem as portas do carro.
Alguns pets costumam enjoar durante viagens de carro, portanto, o veterinário poderá recomendar o medicamento e a dosagem correta. O especialista irá verificar se está tudo bem com o seu animalzinho, irá indicar a melhor maneira de transporte para garantir o máximo de suavidade para o pet durante o percurso. Na consulta é importante levar a carteira de vacinação (mesmo que esteja em dia) e informar alguns fatores, como a distância que será percorrida. Nenhum tipo de remédio deve ser recomendado ao seu animalzinho sem a prescrição de um médico veterinário. Somente o profissional está habilitado para indicar o remédio correto que irá amenizar o desconforto do seu pet durante a viagem.
Onde posso deixar o pet quando viajar?
O serviço de hospedagem domiciliar é ideal para pais e mães de pets que irão se ausentar por muitos dias. O pet irá passar a noite na residência de um anfitrião, treinado e capacitado, recebendo toda atenção e carinho que merece, como se estivesse em casa. E ainda, caso ocorra algum incidente, o pet se machuque ou sinta algum mal-estar durante a estadia, o serviço conta com o suporte de uma garantia veterinária para cobrir as despesas relacionadas à saúde do animalzinho, como consulta, cirurgia e medicamentos.
Outra dica é contratar os serviços de um pet sitter para realizar visitas em sua casa. O pet sitter brinca, coloca comida e água, troca tapetinho e o atende a tudo o que o pet precisa, caso seja idoso ou esteja em um tratamento especial, poderá dar os medicamentos. Muitos acham que o atendimento é só para os cachorros, mas atende a todos os pets, os gatos, hamsters, pássaros, porquinhos da Índia, répteis e até plantas. A visita tem duração de uma hora e também conta com a garantia veterinária.