Transfusão de Sangue: saiba a importância para seu pet
Por Santa Portal em 01/11/2021 às 06:58
Transfusão de sangue em cães atualmente muito utilizada em medicina veterinária no intuito de salvar vidas.
A anemia pode ser decorrente de uma má alimentação (anemia nutricional), de algum trauma que desencadeie uma perda perda de sangue (hipovolemia) ou alguma patologia que leve a destruição das células sanguíneas. Essa patologia pode ser de origem infecciosa, como a erliquiose ou a leishmaniose ou de origem autoimune, como a anemia hemolítica imunomediada.”
Na lógica dos bancos de sangue de humanos, defendemos a criação dos que sejam voltados para os bichinhos, garantindo a assistência necessária e a rapidez que os quadros de saúde exigem, o que pode ser fundamental para salvar as vidas dos pets.
“As pessoas não doam por achar que os cachorros podem correr algum risco, mas o que acontece, na verdade, é que elas não têm conhecimento sobre o processo”, diz Celso Filetti, médico veterinário e professor universitário.
Como achar um doador ideal
- Ser adulto e dócil
- Com idade entre um e sete anos
- Ter pelo menos 25 quilos
- Ser saudável, vacinado, vermifugado e não pode estar usando medicação
- Fazer controle periódico de ectoparasitas, além de exames para babesiose, leishmaniose, erliquiose, brucelose e anaplasmose (de acordo com a exposição à fatores de risco ou região onde residam)
- Se for fêmea, não pode estar no cio, gestante ou amamentando
Antes de se fazer a coleta do sangue para a doação, há uma série de procedimentos que são feitos, entre eles, está a identificação do tipo sanguíneo, que pode ser: DEA 1.1, DEA 1.2, DEA 3, DEA 4, DEA 5 e DEA 7. Outros dois grupos são reconhecidos, DEA 6 e DEA 8 devem ser estudados.
“O animal é submetido a exames físicos (monitoramento de temperatura, pressão arterial e ausculta cardiopulmonar) e laboratoriais (hemograma completo e perfil bioquímico renal e hepático). Para realização da coleta, o doador deve estar em jejum de oito horas. Deve ser realizada antissepsia adequada do local da coleta (veia jugular ou cefálica), realização de pressão no local da coleta por cinco minutos para evitar sangramentos e monitoração do doador durante 15 minutos após a doação”.
Depois que o processo for finalizado, o doador deve receber alimento e água. A orientação é evitar atividades físicas nos dias seguintes a doação.
Cuidados antes e depois da transfusão de sangue
Antes de se iniciar a transfusão é preciso saber se o receptor precisa do sangue total ou de algum componente específico. Outros aspectos precisam ser considerados também:
“O animal deve ser mantido em fluidoterapia com soro fisiológico (NaCl 0,9%). Deve ser feito um cálculo, com base no hemograma do doador e receptor, para que seja identificada a quantidade de sangue que o paciente deve receber. O paciente deve ser monitorado a cada 20 minutos durante a transfusão, sendo avaliada a temperatura corporal, frequência cardíaca e respiratória. A qualquer sinal de reação, a transfusão deve ser interrompida imediatamente”
Depois da transfusão, o receptor precisa ser monitorado por um período de 12 a 24 horas.
A transfusão quando bem feita pode salvar vidas de muitos animais.