Saiba o que é e como proteger cães e gatos do 'verme do coração'
Por Santa Portal em 21/03/2022 às 11:28
Durante o período de altas temperaturas a proliferação de mosquitos transmissores de doenças aumenta. Portanto, uma das preocupações para quem é mãe ou pai de pet é a dirofilariose, “verme do coração”, cada vez mais comum no Brasil, principalmente durante o verão e em cidades litorâneas.
Sendo assim, causada por um parasita nematóide de aparência fina e comprida (Dirofilaria immitis), que se instala em diferentes órgãos, como pulmão e coração. A dirofilariose é uma doença grave, que pode levar o pet a óbito.
Então, quando ele pica o animal de estimação, as microfilárias caem na circulação e chegam ao coração, onde se instalam do lado direito. Por este motivo, o conhecem como “verme do coração”.
Thais Matos, médica veterinária da DogHero, empresa de serviços para pets, explica que os mosquitos dos gêneros Culex, Aedes e Anopheles são os maiores responsáveis pela transmissão da dirofilariose tanto em cães, como em gatos.
“O verão é a estação mais propícia para desenvolvimento e reprodução rápida desse parasita. Além de favorável à propagação para outros animais, a dirofilariose maltrata o pet e provoca diversas complicações em sua saúde”.
Diagnóstico tardio
Normalmente, o diagnóstico é tardio, pois o pet demora alguns meses para demonstrar sinais. Visto que somente com o desenvolvimento do parasita começam a ocorrer sintomas. Portanto, alguns dos principais sintomas de verme do coração são: intolerância ao exercício, fraqueza, apatia, tosse crônica, respiração acelerada, dispneia (respiração rápida e curta) e perda de peso.
Uma vez detectada a dirofilariose, o tratamento vai depender da gravidade. Ou seja, da quantidade de larvas, seu tamanho e o quão comprometido o coração e os órgãos adjacentes estão.
“Se não for detectada a presença do verme do coração em órgãos vitais. Mas se sabe que as microfilárias estão ali, pode ser devido ao seu tamanho, que ainda é pequeno. Mesmo assim, o tratamento é essencial para que a saúde do pet não seja prejudicada”, afirma Thais.
Quando a infestação não é grande, o veterinário pode recomendar um tratamento para matar indivíduos adultos do verme e as microfilárias na corrente sanguínea. “Na sequência, o médico voltará a pedir exames para detectar se ainda há a presença do parasita. Se for o caso, o pet terá que passar por mais uma rodada de tratamento”, explica a médica veterinária.
Como prevenir?
Para evitar que o pet seja picado por mosquitos e infectado pelo “verme do coração”, a melhor opção é o cuidado diário. “Para o tutor que vive próximo ao litoral ou em lugares muito quentes, a prevenção também passa por fazer exames sorológicos com mais frequência no pet. O médico veterinário poderá orientar sobre tratamentos preventivos para matar as microfilárias antes que cheguem à fase adulta e provoquem efeitos adversos”. orienta a especialista DogHero, que adiciona mais duas dicas para mães e pais de pets, são elas:
– Coleiras (para cães) e pipetas (para gatos): esse tipo de acessório pode auxiliar os tutores pois não vai deixar que um mosquito infectado se aproxime e se alimente do sangue do pet, realizando assim a transmissão do parasita;
– Vermífugos: alguns vermífugos específicos à base de ivermectina também são eficazes e o tutor deve administrar alguns dias antes da visita do pet à praia. Entretanto, a indicação não é para qualquer raça e, por isso, é fundamental consultar o médico veterinário antes de usá-los no pet.
Importante: quando falamos de praia, não estamos restringindo isso à parte com mar e areia. Mas ampliando para toda a região do litoral, onde há maiores chances de haver mosquitos infectados.
Por fim, mães e pais de pets sempre devem consultar um médico veterinário antes de utilizar qualquer produto em seu animal de estimação. Somente o profissional saberá qual o mais indicado para cada caso.