Pit bulls invadem casa e matam pinscher na Baixada Santista. Ataque é o 2º em 3 meses

Por Santa Portal em 21/08/2022 às 13:09

Arquivo pessoal
Arquivo pessoal

Dois pit bulls estão causando pânico em São Vicente. Em apenas três meses, eles saíram da casa de seus tutores e atacaram dois cachorros da vizinhança. No primeiro caso, a vítima foi a vira-lata Branquinha. Gravemente ferida na região da barriga, ela precisou passar por cirurgia e ainda se recupera. Menos sorte teve o pinscher Paçoca, que foi capturado dentro da cozinha do imóvel de sua dona e não resistiu à potência das mordidas.

“Eu já dormia com os meus netos, de 10, 12 e 13 anos, quando escutei um forte barulho. Fui até a cozinha e me deparei com os dois pit bulls de uma casa próxima. O branco abocanhou o Paçoca e o levou até a rua, onde continuou a mordê-lo. O outro pit bull, marrom, permaneceu o tempo todo do lado”, detalhou Odete Pires de Moura Pereira, de 70 anos, com exclusividade, ao Santa Portal. O episódio aconteceu às 23h15 de sexta-feira (19).

A idosa mora na Rua Alberico Robillard de Marigny, na Vila Melo, perto do quartel do 2º Batalhão de Infantaria Leve. Ela disse que os pit bulls “roeram” a porta da cozinha e conseguiram entrar no local. Os latidos desses cães e do Paçoca, amplificados pelos gritos de Odete, despertaram vizinhos, que ainda tentaram cessar o ataque atirando pedras nos pit bulls. Essa ação, porém, foi inócua. Paçoca só foi largado pelo agressor quando já estava morto.

“Ainda bem que o meu bisneto não estava em casa naquele momento. Ele tem apenas um ano, ainda engatinha e poderia ter sido a vítima dos pit bulls”, acrescentou Odete. A Polícia Militar foi acionada e o caso foi parar na Delegacia de São Vicente, para onde foram conduzidos a idosa e Max José de Souto, de 57 anos, donos dos dois cachorros que escaparam da casa do tutor.

As partes foram liberadas por volta das 5 horas de sábado (20), após o delegado Daniel Pereira de Sousa concluir a elaboração de termo circunstanciado (TC) de “omissão de cautela na guarda e condução animais”. Essa infração é considerada de menor potencial ofensivo e está prevista no artigo 31 da Lei das Contravenções Penais. O episódio será apreciado diretamente pelo Juizado Especial Criminal (Jecrim).

Independentemente do que decidir o Jecrim, nada impede que a idosa ajuíze ação na esfera cível por danos material e moral, devido aos estragos na porta da cozinha e por ser Paçoca o seu cachorro de estimação. Odete disse que não pretende tomar qualquer providência nesse sentido. Porém, tem a expectativa de que o departamento de zoonoses do município adote alguma medida efetiva para evitar novos ataques dos pit bulls do vizinho.

“É o instinto”

O Santa Portal tentou falar com Max, mas quem o atendeu foi a sua mulher, Luciana. Ela explicou que, na última sexta-feira à noite, os cães estavam devidamente trancados em casa, mas aproveitaram o momento em que o seu filho saía de bicicleta para escapar do imóvel, localizado na Rua Professor Celestino Bourroul. Sobre o ataque ao pinscher Paçoca, ela minimizou: “O marrom não fez nada, só foi o branquinho. Ele tem um ano e é o instinto”.

Questionada sobre o ataque à cadela Branquinha, ocorrido em maio, Luciana justificou que naquela época o portão de sua casa estava quebrado e foi consertado logo depois do episódio. A mulher acrescentou que a vira-lata foi mordida também apenas pelo seu pit bull branco, “mas na rua”. Ela e o marido assumiram as despesas com a cirurgia e os medicamentos, que ainda estão sendo pagas. (EF)

loading...

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.