Gata resgatada após ser jogada contra a parede desenvolve doença grave e tutora pede ajuda

Por Marcela Morone em 29/05/2023 às 21:00

Arquivo pessoal
Arquivo pessoal

Após ter sido jogada diversas vezes contra a parede de um prédio quando era apenas uma filhote, a gata Mia trava mais uma batalha: contra a Peritonite Infecciosa Felina (PIF), uma doença com alta taxa de mortalidade. O tratamento da PIF tem custos elevados e a tutora de Mia, a farmacêutica Jorgina Alves, de Guarujá, iniciou uma campanha na internet para auxiliar com os gastos, que chegam a R$ 7.500,00.

Jorgina explica que resgatou Mia em outubro de 2019, enquanto encerrava o expediente em seu trabalho e viu uma senhora passando com uma sacola pela calçada. Instantes depois, flagrou a mulher batendo a sacola contra a parede de um prédio do outro lado da rua, momento em que ouviu miados.

“Eu comecei a correr atrás dela que nem uma louca e perguntei para ela se tinha gato ali. Ela na maior frieza falou que tinha dois gatos e que ela ia jogar ali numa esquina e que não queria ficar com eles”, relembra Jorgina. Ela conta que explicou para a senhora que aquilo era crime, mas que não adiantou.

A farmacêutica tomou a sacola da mão da mulher e se deparou com dois gatos: Mia e sua irmãzinha, Simba. Mia estava desacordada, mas com ajuda de Jorgina e de pessoas ao redor, a gatinha conseguiu recuperar seus sentidos.

Mia passou o fim de semana internada em uma clínica veterinária de Guarujá. Jorgina explica que o intuito era dar um lar temporário para as gatas e depois encaminhá-las para adoção, mas o amor falou mais alto. E, depois de Mia, Jorgina ainda resgatou outros gatos de situações vulneráveis.

Com cinco meses de idade, Mia começou a demonstrar os primeiros sintomas oftalmológicos da PIF, mas o diagnóstico só viria bem depois. Jorgina levou a gata a um oftalmologista veterinário e as baterias de exames começaram.

“Fizemos 30 dias de tratamento, fizemos teste [oftalmológico] e nada. Nesse meio tempo, fizemos exame de FIV [vírus da imunodeficiência felina], FeLV [vírus da leucemia felina] e PIF nos três gatos e os três deram negativo”, conta.

A gata ainda teve pedra na bexiga e problemas motores. No entanto, seus exames de sangue continuaram apresentando resultados normais. O diagnóstico só veio após a realização do teste de ELISA, um tipo de exame de sangue com detecção de anticorpos específicos.

A PIF

O tipo de PIF de Mia é a PIF seca, em que há o crescimento de formações inflamatórias. Em questão de um mês, a gatinha perdeu mais de 1kg e, no momento, está pensando apenas 3,1kg.

A PIF é causada por um tipo de coronavírus e o fígado, os rins, o cérebro e todo o sistema nervoso do gato pode ser impactado. Até recentemente, não havia tratamento para a doença — no entanto, foi desenvolvido um tratamento subcutâneo de custo elevado que dura 12 semanas.

“O que eu mais quero é salvar minha gatinha. Eu gosto muito de ajudar os animais. Onde eu trabalho, eu dou água, dou comida, corro atrás de castração. A única coisa que eu posso fazer é cuidar de acordo”, finaliza Jorgina.

Os interessados em ajudar Mia a vencer a PIF podem contribuir financeiramente por meio do site Campanha do Bem. A batalha de Mia contra a doença também pode ser acompanhada por meio do Instagram @miacontraapif2023.

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