Bebê de 32 dias morre após negligência médica, diz avó da criança

Por #Santaportal em 24/01/2014 às 08:57

Um bebê de 32 dias morreu na manhã da última quinta-feira (23), em Peruíbe, e segundo a família, o fato ocorreu apósnegligência médica. A avó da vítima, Izilda Aparecida, de 64 anos, conta que desde o parto da filha, o Hospital Municipal de Peruíbe atendeu a paciente com descaso. A prefeitura da cidade alega que o bebê foi prontamente atendido e medicado adequadamente.

A avó da vítima explica que a filha teve uma gestação prematura e que as complicações iniciaram já nesta etapa. “Foram 12 horas de trabalho de parto. Acompanhei todo o procedimento, o médico cortou o cordão umbilical e a placenta sem luvas. Quando a minha filha foi tomar banho pós-parto foi surpreendida por baratas no local, tudo sem higiene”, diz.

Izilda disse que a criança nasceu no dia 21 de dezembro e dois dias depois, mãe e filho já tiveram alta. Depois de um tempo, o menino começou a apresentar edemas, realizou exames e nenhum resultado foi obtido. “No dia 2 de janeiro deste ano encaminharam meu neto para uma dermatologista que apenas recomendou uma pomada e um antibiótico”, ressalta.

Ainda de acordo com a avó, no dia 15 de janeiro a criança foi levada novamente ao hospital, pois passava por problemas e foi constatado que ela estaria com desidratação e desnutrida. “Dois dias após isso, fomos a UPA de Peruíbe, nada resolvido também. No dia 22 de janeiro demos entrada na UPA novamente. Colocaram a criança no inalador, aplicaram injeção e após 40 minutos o menino começou a vomitar”, finaliza.

Izilda também relata que, às 6h deste mesmo dia, a criança foi levada para uma cirurgia de emergência e que às 7h17, os médicos voltaram com a notícia que o bebê havia falecido. “Nenhum médico quis assinar o óbito, não nos deram explicação nenhuma. Fomos a delegacia fazer um boletim de ocorrência e o delegado pediu para que fossemos até o IML”, diz.

Agora a família espera o laudo do IML e outros exames, mas até o momento, a única certeza que têm é de que o bebê morreu, porque não tinha o pulmão formado, já que havia nascido prematuro, segundo informações de outros profissionais. “Queremos justiça, uma resposta, não vamos parar, nem ficar calados, isso que aconteceu é um absurdo, descaso total”, conclui.

Em nota, a Prefeitura de Peruíbe, por meio da Secretaria de Saúde, esclareceu que a criança recebeu atendimento e medicação adequados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), visando à recuperação do seu estado de saúde.

A Administração ressalta, que acompanhada dos pais, a criança deu entrada ao serviço da UPA à 0h53, do dia 18 de janeiro, com queixa de cólica. Além disso, informaram que o bebê foi prontamente atendido pelo Corpo Clínico e recebeu medicação à 1h10, porém não foi diagnosticado nenhum tipo de doença. Após o atendimento, os pais levaram a criança para a sua residência.

A Prefeitura explica, que a madrugada desta quinta-feira (23), por volta das 4h30, a criança retornou novamente ao serviço de atendimento da UPA, apresentando sinais de desidratação, desnutrição e poucos cuidados. Mesmo recebendo o atendimento e medicação, a criança sofreu parada cardiorrespiratória. Além disso, informaram que a equipe médica fez o trabalho de reanimação, porém o paciente não resistiu e acabou falecendo.

De acordo com a assessoria, seguindo os procedimentos médicos recomendados para esse tipo de caso, o Corpo Clínico encaminhou a criança para o SVO (Serviço de Verificação de Óbito), para elucidar diagnóstico e averiguar a causa de sua morte. Com pouco mais de um mês de vida, a criança ainda não havia sido registrada pelos pais.

loading...

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.