Pelé é pop! Momentos em que o Rei brilhou na música

Por Guilherme Esron em 29/12/2022 às 16:06

Edson Arantes do Nascimento sempre foi muito festejado fora do futebol. Na música, cinema, TV, quadrinhos, ele roubava a cena. O Santa Portal relembra alguns momentos do Atleta do Século na música.

Em 1998, Pelé foi escolhido como garoto-propaganda de uma campanha do Ministério da Educação. Nela, cantava a música “ABC, toda criança tem que ler e escrever”. Mas a ligação do Rei com a música veio muito antes disso.

Em 1969, por exemplo, ele fez uma parceria com a lendária Elis Regina. Em um compacto chamado “Tabelinha – Pelé x Elis”, o Rei participa de dois duetos: “Vexamão” e “Perdão Não Tem Vez”. 

Posteriormente, em 1978, cantou ao lado do grupo Sérgio Mendes & Brasil 66. O LP conta com a participação do Rei em seis faixas, incluindo Cidade Grande, gravada depois por Jair Rodrigues.

Mas nada é mais aleatório que o encontro de Pelé com John Lennon. Os dois se conheceram em uma escola de idiomas, em Nova Iorque, quando o Rei foi jogar nos Cosmos, nos anos 1970. Edson queria aprender o idioma inglês, enquanto o ex-Beatle estava em busca de melhorar o japonês.

Nos intervalos das aulas, os dois conversavam sobre diversos assuntos. Em um desses bate-papos, Lennon revelou que os Beatles foram barrados de se apresentar para a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1966, realizada na Inglaterra.

Mas, além das gravações, Pelé também já foi citado em várias canções de músicos renomados. Em 1962, Braz Marques e Diógenes Bezerra fizeram o Frevo do Bi, gravado por Jackson do Pandeiro, para a seleção que conquistou o bicampeonato mundial no Chile. 

Em um trecho da letra, o músico canta: “Vocês vão ver como é Didi, Garrincha e Pelé dando seu baile de bola/ Quando eles pegam no couro/ Nosso escrete de ouro mostra o que é nossa escola“. 

Gilberto Gil, no LP Cidade de Salvador (1973), cita Pelé de forma carinhosa na canção Meio de Campo. “Que a perfeição é uma meta/ Defendido pelo goleiro/ Que joga na Seleção/ E eu não sou Pelé nem nada/ Se muito for eu sou um Tostão/ Fazer um gol nessa partida não é fácil, meu irmão“.

Eterno parceiro de Gil, Caetano Veloso também já lembrou o Rei em suas canções. Foi assim em Love, Love, Love, do álbum Muito – Dentro da Estrela Azulada (1978). O nome da faixa faz menção ao discurso do Rei, quando se despediu do futebol, um ano antes.

Meu amor, te amo/ Pelo mundo inteiro eu chamo/ Essa chama que move/ Pelé disse

Love, love, love“.

Chico Buarque é outro nome memorável que homenageou o Rei. Na faixa O Futebol, do disco homônimo (1989), ele encerra a letra lembrando seus ídolos no esporte. “Para Mané/ Para Didi, para Mané/ Mané para Didi, para Mané/ Para Didi, para Pagão/ Para Pelé e Canhoteiro“.

O grupo mineiro Pato Fu gravou a canção Pinga, no álbum Tem Mas Acabou (1996), na qual também brinca com alguns grandes nomes do futebol brasileiro. “Se eu fosse o Pelé, tomava café/ Se eu fosse o Tostão, tirava o calção/ Se eu fosse o Dario, pulava no rio/ Se eu fosse o Garrincha, não pulava não“.

Jorge Ben Jor, em 2004, no álbum Reactivus Amor Est (Turba Philosophorum), gravou O Nome do Rei é Pelé. 

Dondinho e Celeste idealizaram e fizeram o rei chamado Pelé/ O nome do rei é Pelé, o nome do rei é Pelé/ Pelé de todos os tempos/ Incomparável Pelé, Pelé/ Pelé da arte e da magia/ Com a bola nos pés, Pelé

Menino de três corações, Bauru, Vila Belmiro“.

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