Bia Ferreira diz esperar 'passar visibilidade' para meninas no boxe

Por Folha Press em 09/08/2021 às 08:26

Beatriz Ferreira levou a medalha de prata na disputa do peso leve, até 60 kg, do boxe feminino nos Jogos de Tóquio-2020. A brasileira fez uma luta muito dura, mas foi derrotada pela irlandesa Kellie Anne Harrington por decisão dos juízes neste domingo (8).

Na noite do mesmo dia, já manhã de segunda-feira (9) no Japão, a lutadora de 28 anos concedeu entrevista ao Fantástico (TV Globo), em que comentou sobre o confronto e afirmou que transformará a derrota em energia para lutar pelo lugar mais alto do pódio na próxima Olimpíada, em Paris.

“É muito importante, sim, para o boxe, principalmente para o boxe feminino. Eu estou muito feliz, não satisfeita… Eu venho treinando durante cinco anos para conseguir a [medalha] de ouro, mas eu estou feliz, eu sei da importância que é ter uma medalha olímpica e sei da importância que é jogar nos Jogos Olímpicos. E é isso, pegar esse gostinho e fazer de adrenalina, de força, para chegar em Paris na próxima e conseguir a tão sonhada medalha de ouro.”

Beatriz Ferreira, boxeadora brasileira

Bia disse, também, que sua representatividade no boxe para outras meninas a alegram. A atleta brasileira revelou que espera que o esporte cresça cada vez mais entre o núcleo feminino. “Eu fico feliz com isso. Eu espero passar uma visibilidade, uma imagem que faça as meninas se interessarem por esporte, e que queiram praticar. Que não tenha só uma Bia, que tenha muito mais. E que a gente cresça o esporte, porque é muito bonito, e a gente manda bem nisso”, declarou ela.

A medalhista olímpica aproveitou para dedicar a prata a seu pai, Raimundo Oliveira Ferreira, conhecido como Sergipe, seu maior incentivador durante sua trajetória no boxe.

“Então, pai, eu falei para o senhor que eu iria buscar a mãe de todas. Está aqui. Feliz dia dos pais! Te dedico. Por todo nosso trabalho, o senhor tem uma grande parte nisso, sempre será minha inspiração, então não há como não te dedicar. Esse é o patamar mais alto que eu alcancei na minha carreira, então eu te dedico. Não foi a de ouro, mas eu vou buscá-la”

Bia Ferreira, medalhista de prata em Tóquio
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