DNA em copo de café leva homem à prisão nos EUA 20 anos após cometer estupros
Por Folha Press em 28/04/2023 às 16:00
O DNA deixado em um copo de café permitiu que policiais do estado americano de Michigan identificassem o principal suspeito de cometer dois estupros há mais de 20 anos, dando fôlego aos exemplos de como a genealogia genética tem ajudado a solucionar crimes.
Kurt Alan Rillema, 51, foi preso na semana passada por policiais do condado de Oakland por dois crimes: os estupros de uma mulher em um centro de treinamento de golfe em 1999 em Michigan e de outra em um local semelhante no estado da Pensilvânia em 2000.
Agora, Rillema enfrenta acusações nos dois estados que podem lhe render até prisão perpétua. Ele foi indiciado em Michigan por conduta sexual criminosa. Na Pensilvânia, o conjunto de acusações inclui, além do estupro, a de colocar uma pessoa em perigo de forma imprudente.
Segundo a rede americana CNN, os investigadores dos dois estados, décadas após os crimes, solicitaram ajuda a uma empresa privada de análise de DNA para buscar pistas do principal suspeito do crime, sobre o qual tinham apenas a descrição e resquícios de DNA.
Em buscas de bancos de dados, o laboratório chegou a sequências de DNA semelhantes de três pessoas: Rillema e dois de seus irmãos. Faltava determinar qual dos três era o provável responsável.
Para restringir a lista a Rillema, a polícia de Michigan o investigou a partir de janeiro passado em busca de uma amostra de DNA. A deixa foi dada quando ele deixou para trás um copo de café em uma concessionária de automóveis que visitou em março.
De acordo com as autoridades locais, ele está preso em Michigan, aguardando julgamento, e não tem direito a fiança.
À CNN a advogada de Rillema, Deanna Kelley, disse que ele se declarou inocente. “Em relação às alegações, há dois lados para toda história, e Rillema espera contar o dele”, afirmou ela em comunicado.
Ainda segundo relato da rede americana, o xerife do condado de Oakland, Michael Bouchard, descreveu o suspeito, durante uma entrevista coletiva, como um “ávido jogador de golpe” que viajava para partidas em todos os EUA. Ele também pediu que qualquer pessoa que tenha sido vítima de um crime semelhante em algum campo de golpe entrasse em contato com o departamento de polícia local.