Wiazowski vê 'instabilidade' em Mongaguá e vai indicar sua mulher como candidata a prefeita
Por Rodrigo Martins em 20/03/2025 às 20:00

Sem poder tomar posse como prefeito de Mongaguá, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar o indeferimento de sua candidatura, Paulinho Wiazowski (PP) falou com exclusividade ao Santa Portal sobre a situação e projetou o cenário político na Cidade, com a realização de eleições suplementares.
“Foi uma votação política na Câmara. Aguardaram 10 anos para submeter as minhas contas para julgamento. O Tribunal de Contas, em nenhum momento, caracterizou enriquecimento ilícito ou improbidade administrativa. Queriam realmente um fato para me tirarem da eleição de 2024. Não é qualquer rejeição de contas na Câmara que pode causar inelegibilidade”, disse Wiazowski.
Segundo ele, a sua derrota no TSE tem gerado impactos na vida política de Mongaguá, além de gerar desconfiança e preocupação nos moradores da Cidade.
“Hoje a cidade de Mongaguá tem um governo provisório, inexperiente e ilegítimo. A Cidade está em grande estado de vulnerabilidade, não só em termos políticos, mas de oportunidades. Os empresários e investidores se sentem inseguros. A população fica fragilizada, ela escolheu o prefeito e a sua vontade não foi respeitada. Isso faz com que o eleitor se sinta enfraquecido com todo esse processo democrático, que é importante. Vamos ter uma eleição suplementar, eu queria que isso acontecesse. Quanto mais tempo passa, mais difícil a situação da cidade. Essa indefinição é ruim. Não vou desistir de Mongaguá”, afirmou Wiazowski, que já tem definido o nome que irá indicar para concorrer ao pleito suplementar.
“Muitas pessoas no meu lugar estariam deprimidas, sofrendo uma questão emocional ou psicológica muito grande. Não que eu não esteja sofrendo ou abalado, mas o meu sentimento, pela minha responsabilidade com que eu trato Mongaguá, pela seriedade e o amor incondicional que eu tenho pela cidade, não vou me furtar e deixar de lado a minha questão pessoal. Com todo entusiasmo e motivação, vou participar ativamente dessa eleição, o nosso grupo político está se mobilizando. O nosso grupo político adquiriu uma musculatura muito grande, um capital, outras pessoas virão. Talvez não seja como ano passado com três candidatos, talvez dois. Em cima disso, vou submeter o nome da minha esposa, a Cristina Wiazowski, que me acompanha há 40 anos e tem uma grande experiência. Ela conhece a política, vive junto. Vou submeter o nome da Cristina para que ela seja candidata a prefeita de Mongaguá. Vou dar ao eleitor a oportunidade de ter o seu voto reconhecido. Eu confio no voto, no desejo do eleitor”, concluiu.
Registro negado
O TSE decidiu na última terça (18), por maioria de votos, manter a decisão que negou o registro de candidatura de Paulinho Wiazowski (PP), eleito prefeito de Mongaguá em 2024. Com isso, o político segue impedido de assumir o cargo. Sem o registro aprovado, a cidade terá novas eleições.
O político foi o candidato mais votado no pleito do ano passado, mas teve o registro da candidatura indeferido em dezembro pelo relator do caso, ministro André Mendonça.
O indeferimento do registro de candidatura ocorreu devido à rejeição das contas de 2012 de Wiazowski pela Câmera de Vereadores. Paulinho disputou as eleições de 2024 com a candidatura na situação “indeferida com recurso”.