Temporal faz projétil ser descoberto em telhado de casa de Mongaguá

Por Ted Sartori/#Santaportal em 04/01/2020 às 07:53

MONGAGUÁ – O temporal em Mongaguá proporcionou uma curiosa e perigosa descoberta feita pela família da professora Alessandra Bocutto, de 48 anos, e que reside no bairro Itaguaí: um projétil calibre 38 estava alojado no telhado e causou um furo, revelado justamente com as chuvas de quinta-feira (2). E bem na direção do quarto do filho Miguel, de apenas sete anos.

“Moro há 45 anos na cidade, praticamente nascida e criada aqui. O Itaguaí, onde resido há 18 anos, é um bairro calmo. Nunca vi um absurdo desse. Estou indignada com a falta de segurança. Aconteceu na minha casa. Quer dizer: você sai e há perigo de você tomar um tiro, mas se você fica a bala aloja no seu telhado”, bradou Alessandra. “Não cheguei a contar para o meu filho, mas ele escutou a gente conversar. É uma criança muito esperta, sabe, 7 anos”, emendou.

Por sorte, Alessandra, o marido Henrique Lima, vigilante de 35 anos, e o filho não se encontravam na residência quando ela calcula que o disparo deva ter ocorrido: na virada de ano.

“Estávamos bem longe, no bairro Vera Cruz (também em Mongaguá), na casa de minha mãe. Mas e se eu estivesse em casa? E se eu estivesse dormindo? E se o meu filho estivesse em casa? E se a bala tivesse entrado? Ainda bem que parou. Acho que foi o madeiramento que a fez travar e provocou o furo”, contou. “Na hora dos fogos, certamente alguém atirou junto para cima e caiu na minha casa. Graças a Deus que não atingiu ninguém”, destacou.

A descoberta foi feita por Henique com a vinda do temporal que assolou Mongaguá entre quinta (2) e ainda teve reflexos na sexta-feira (3). Na cidade, o volume acumulado de chuvas em um período de 24 horas foi de 161 mm, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

“Antes do dia 31, também choveu e estava tudo certo com o quarto. Não tinha furo nem nada. Só na hora da chuva (na quinta-feira) é que a gente foi perceber. Na sexta-feira (3), meu marido subiu em uma escada e foi ver o que estava acontecendo. Quando puxou, tinha um projétil. A chuva começou a molhar ontem, quando deu aquela pancada que inundou tudo. Antes tinha chovido e não tinha molhado ali”, explicou Alessandra. “Agora está só na telha de amianto. Está sem forro porque tiramos para arrumar”, emendou.

Até o momento, a família não havia feito boletim de ocorrência a respeito do caso.


Arquivo pessoal e A Voz de Mongaguánoticia20201302877.JPG


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