Professores fazem protesto por melhores condições de trabalho em Mongaguá
Por Laila Aguiar em 26/08/2022 às 17:49
Professores da rede municipal de Mongaguá realizaram, na manhã de sexta-feira (26), um protesto contra a defasagem no salário e as más condições das estrutura escolar. A ação aconteceu por volta das 11h em frente à EMEF Regina Maria.
A organização da ação informou que professores, pais e alunos das escolas da cidade vão se reunir para pedir por melhores condições de trabalho e estudo.
De acordo com professores, o salário está abaixo do piso previsto na Lei 11.738/08 e as condições de trabalho são precárias. Além disso, algumas escolas estão com problemas estruturais, uma delas é a EMEF Regina Maria, onde no dia 11 de agosto o teto cedeu e, por pouco, não deixou feridos. No vídeo abaixo é possível ver o local onde a estrutura cedeu.
Os pais informaram que após a queda do teto, os alunos passaram a ter aulas no corredor da escola ou no pátio. O Santa Portal conversou com pais, mães e professores que, por medo, preferiram não se identificar.
Para os pais
Os pais e mães afirmam que as escolas estão com problemas estruturais há muitos anos. Uma das mães afirma que em uma das escola, a quadra chegou a ficar inativa, pois existia o risco de a estrutura cair.
Além disso, as escolas estão com infiltração, ventiladores quebrados e carteiras danificadas.
A escola referida atende alunos no ensino fundamental, ou seja, do 6º ao 9º ano. Segundo eles, a Prefeitura foi procurada, mas não tiveram retorno sobre a situação. “Tem muitas escolas com a manutenção a desejar, nem manutenção básica tem.”
Para os professores
Os profissionais da educação afirmam que a Prefeitura de Mongaguá é que tem a remuneração mais baixa da Baixada Santista e que mudanças no plano de carreira estão prejudicando a modificação dos cargos. “Os critérios extremamente inviáveis que dificultam a evolução na carreira do Magistério. Evolução esta que possibilitaria ganhos financeiros aos professores.”
De acordo com os profissionais, materiais básicos para o funcionamento da escola não estão recebendo a atenção da Prefeitura. “Não tem tinta para carregar a caneta dos professores. Escolas com lousas digitais estão com problemas.”
A categoria já realizou protestos antes, mas até o momento, os professores seguem com a mesma estrutura e condições de trabalho para dar aulas.