Casos de HIV na Baixada Santista diminuem quase 30% em um ano
Por Anna Clara Morais em 01/12/2025 às 05:00
Os casos de HIV na Baixada Santista diminuíram em quase 30% em 2025 se comparado com o ano anterior. As cidades da região com o maior índice de diminuição foram Santos e Peruíbe, que caíram em 46,90% e 49%, respectivamente.
Em 2024 foram registrados 621 novos casos de HIV na região, enquanto que em 2025, foram 441. No entanto, apesar do cenário positivo, três municípios apontaram alta de um ano para o outro. (Veja na tabela abaixo)

O vírus da imunodeficiência humana, ou HIV, ataca o sistema imunológico, especialmente as células de defesa, o que, de acordo com a infectologista Marli Sasaki, acarreta em um organismo mais vulnerável a infecções.
A médica destaca que as principais formas de transmissão acontecem através de relações sexuais sem o uso de preservativos; contato com sangue contaminado, por agulhas compartilhadas, por exemplo, e da mãe para o bebê durante a gravidez, parto ou amamentação.
No entanto, a profissional explica que a infecção por HIV pode causar diferentes sintomas a depender do estágio da doença.
– Fase aguda (2 a 4 semanas após o contágio): quando o vírus se multiplica rapidamente no organismo com:
- Febre
- Fadiga
- Diarreia
- Dor de garganta
- Perda de apetite
- Suores noturnos
- Manchas vermelhas na pele
- Aumento dos gânglios (ínguas)
- Dor muscular e nas articulações
– Fase assintomática (latência clínica): o vírus continua se multiplicando, mas lentamente. Pode durar anos sem sintomas.
– Fase sintomática (imunossupressão progressiva):
- Perda de peso
- Febre baixa
- Diarreia persistente
- Fadiga e fraqueza
- Aumento persistente dos gânglios
- Infecções recorrentes (oral, vaginal, respiratória, pele)
– Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida): estágio avançado da infecção, quando surgem infecções oportunistas ou certos tipos de câncer, como pneumonia por pneumocystis jirovecii, tuberculose, candidíase oral ou esofágica, toxoplasmose cerebral e sarcoma de Kaposi.
Para a prevenção, a melhor forma de garantir que não haja a contaminação acontece através relações sexuais protegidas, com o uso de preservativos, utilização de alicates próprios e agulhas descartáveis.
“Uso de PEP (profilaxia pós exposição), que consiste no uso de terapia antirretroviral por 28 dias em caso de exposição ou abuso sexual sem uso de preservativos. Uso de profilaxia pré-exposição (PrEP), que consiste no uso de Tenofovir/ Entricitabina pelas populações com alta exposição ao HIV como profissionais do sexo”, finaliza.