Setor comercial tem 1.082 demissões na Baixada Santista
Por Gustavo Sampaio em 25/03/2024 às 06:00
A Baixada Santista registrou 1.082 demissões no setor comercial em janeiro de 2024. Mesmo com números muito altos, este ano começou melhor na área do que em 2023, quando 1.118 desligamentos foram apresentados na seção. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e levam em consideração o saldo entre contratações e demissões.
A região foi responsável por 7,4% das dispensas na área comercial em todo o Estado de São Paulo, que teve 14.499 demissões. Aliás, todas as cidades da Baixada Santista tiveram saldos negativos no comércio.
De acordo com Omar Abdul Assaf, presidente do Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista e Vale do Ribeira, o comércio registrou este alto número de demissões pelo fim da alta temporada e festas de fim de ano.
“Durante esse período, é comum que os estabelecimentos contratem trabalhadores temporários para atender à demanda sazonal, impulsionada pelo aumento nas vendas e fluxo de consumidores. No entanto, uma vez que essas datas passam e a demanda se estabiliza, muitas dessas vagas temporárias são encerradas, resultando em demissões”.
A cidade que mais contribuiu para este alto número de desligamentos foi Praia Grande, que registrou 249 cortes apenas na seção comercial. Um aumento de 50% foi apresentado em comparação com janeiro do ano passado, quando a cidade teve 166 funcionários demitidos.
Santos e Guarujá também tiveram altos índices de demissão no comércio em janeiro. Os municípios apresentaram 231 e 185 desligamentos, respectivamente, e tiveram somados 38,4% de todas as demissões da região.
São Vicente também teve mais de uma centena de dispensas na área, com 110 cortes na área, a cidade registrou melhora no setor em comparação com janeiro de 2023, quando teve 170 novos desempregados.
Bertioga, Itanhaém e Peruíbe fecharam com 75, 74 e 69 demissões no comércio, respectivamente. Bertioga mostrou uma melhora de 28% em relação a janeiro do ano passado, quando teve 96 dispensas.
Itanhaém, ao contrário de Bertioga, registrou uma piora de 22,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando teve 62 cortes. Já Peruíbe teve um desligamento a mais que no ano passado, quando teve 68.
Mongaguá e Cubatão foram as cidades com os melhores índices no setor, mas mesmo assim não foi o suficiente para ter os saldos positivos. Os municípios tiveram 48 e 41 demissões, respectivamente.
“Os números da área devem começar a subir novamente na região a partir do mês de fevereiro/março, conforme o mercado se estabiliza após o período de demissões sazonais. No entanto, é importante considerar que algumas datas importantes continuam impactando o comércio e gerando a necessidade de abertura de vagas temporárias, criando um ciclo semelhante ao da temporada de final de ano, com contratações em massa seguidas por demissões”, finaliza Assaf.
