Baixada Santista está na zona de risco para ondas de calor, segundo Inmet

Por Santa Portal em 09/05/2024 às 06:00

Divulgação/Prefeitura de Santos
Divulgação/Prefeitura de Santos

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), manteve o alerta amarelo emitido na última segunda-feira e que se estende até sexta-feira (10), de ondas de calor em toda a Baixada Santista.

De acordo com os especialistas do Inmet, esta condição oferece um leve risco à saúde. Ao longo desta semana, os meteorologistas afirma que a temperatura está cinco graus acima da média e a probabilidade é que o calor permaneça pelos próximos dias.

La Niña e bloqueio de frentes frias

O especialista da Defesa Civil afirma que o momento é de fim do El Niño – que é o aquecimento das águas do Oceano Pacífico – e o início da La Niña – o resfriamento das mesmas águas. Mesmo diante da mudança, que tende a esfriar as temperaturas, a tendência é de um começo de inverno com tempo seco e temperaturas acima da média. Suganuma explica que, entre os meses de maio e julho, um sistema de alta pressão atuará pelo estado, bloqueando a entrada de frentes frias.

“Esse sistema de alta pressão caracteriza o que a gente chama de bloqueio atmosférico, que acaba impedindo com que haja a entrada de frentes frias. Quando a gente não tem frente fria entrando, só tem esse ar quente e seco vindo do centro do continente”, disse.

O fato de o ar quente que adentra o estado de São Paulo vir do centro do continente e não das regiões litorâneas também aumenta a secura do ar e, consequentemente, as chances de incêndios. “Quando a gente tem essas massas de ar continentais que não possuem umidade nem origem marítima, não há como a umidade do ar ficar alta. E quando há esse cenário de maior secura, fica muito mais propício em ter propagação de fogo”, afirmou o especialista.

O aumento da temperatura média do planeta também favorece a ocorrência de eventos extremos como as ondas de calor e longos períodos de estiagem, segundo o especialista.

“Muitas coisas que acontecem em escala menor, a gente consegue justificar por conta dessa transição climática que estamos vivendo. Estamos observando cada vez mais eventos extremos: seja de calor, de frio, chuva ou secura. Tudo isso é impulsionado pelo aquecimento anômalo do planeta”, afirma o meteorologista.

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