Surfe olímpico transforma vidas de crianças em situação de vulnerabilidade em Guarujá

Por Santa Portal em 14/07/2024 às 07:00

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O surfe foi reconhecido como esporte olímpico desde a edição de 2020 dos Jogos, em Tóquio, no Japão. Desde então, tem se destacado ainda mais não apenas pela sua competitividade, mas também pelo seu poder transformador.

No Brasil, o surfe começou a ganhar força a partir da década de 1960, com o surgimento de campeonatos que revelaram talentos nacionais e impulsionaram a modalidade pelo litoral. Hoje, com a infraestrutura aprimorada e o reconhecimento olímpico, o esporte se torna cada vez mais atrativo e inspirador para jovens de diversas regiões do país.

Em Guarujá, o esporte vem sendo usado como uma ferramenta de inclusão social, oferecendo novas perspectivas de vida para crianças em situação de vulnerabilidade. Esse é o Projeto Ondas, idealizado por Jojó de Olivença, bicampeão brasileiro de surfe.

Desde 2007, a ONG já beneficiou mais de 700 crianças, além de influenciar indiretamente na vida de mais de 5 mil pessoas. Muitas deram continuidade a seus estudos em universidades, estão empregadas ou realizando atividades sociais que beneficiam e ajudam a transformar a realidade e o meio onde residem.

 “O surfe na minha vida foi de extrema importância porque foi através dele que eu tive um futuro promissor. O surfe me deu perspectiva de vida, me levou aos lugares mais altos e contribuiu para forjar em mim a pessoa que eu sou hoje,” diz Jojó.

A paixão de Jojó pelo surfe o levou a criar a ONG Projeto Ondas, que atualmente atende cerca de 90 crianças entre 7 e 12 anos, oferecendo aulas de surfe e suporte educacional no contraturno escolar.

“Hoje, o surfe na vida das crianças é fundamental. No Ondas, ele é utilizado como ferramenta pedagógica, com disciplina e valores. É importante para dar oportunidade, considerando o contexto de vidas com poucas referências e poucas oportunidades em que essas crianças vivem,” explica Jojó.

O reconhecimento do surfe como esporte olímpico só aumenta a motivação das crianças, que veem no esporte uma chance real de transformação e crescimento. “Isso foi incrível. Fez os olhos das crianças brilharem ainda mais, vendo o esporte ser reconhecido dessa maneira. Isso motiva ainda mais elas a entenderem o poder de transformação do esporte”, afirma Jojó.

“Meu principal desejo é que o surfe venha como uma ferramenta fundamental, trazendo uma oportunidade para que essas crianças tenham uma visão de mundo ampliada e sonhos estimulados. E assim consigam ter um futuro promissor e suas vidas transformadas, assim como a minha vida foi transformada por meio do surfe.

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