Operação contra crime organizado investiga fraudes em licitações na Câmara e Prefeitura de Guarujá

Por Santa Portal em 01/10/2024 às 10:00

Reprodução/Guarujá Mil Grau
Reprodução/Guarujá Mil Grau

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) deflagrou, nesta terça-feira (1º), a Operação Hereditas para cumprir 26 mandados de busca e apreensão relacionados a indícios de fraudes em procedimentos licitatórios vinculados à Câmara e à Prefeitura de Guarujá. Agentes públicos são alvos na Baixada Santista e na Capital.

De acordo com o MPSP, uma das empresas beneficiadas pelas fraudes pertencia a uma notória liderança do PCC, que foi assassinada na noite de 12 de março. O líder da organização criminosa era apontado como responsável por uma tentativa de criação de uma milícia na região em que atuava. Naquela data, Cristiano Lopes Costa, conhecido como Meia Folha, morreu após uma intensa troca de tiros na Rua São Jorge, em Vicente de Carvalho.

A operação foi desencadeada a partir de uma apuração inicial integrada do MPSP e da Polícia Civil, que detectou indícios de fraudes em procedimentos licitatórios envolvendo o Executivo e o Legislativo de Guarujá. Além disso, foi constatado o possível favorecimento de agentes públicos, que teriam recebido propinas para viabilizar as fraudes.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) informou que, por enquanto, foram apreendidos diversos celulares, documentos, computadores, HDs e quantias em dinheiro, que serão analisados como parte das investigações.

Conforme relatório do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), participaram da operação 15 integrantes do Ministério Público, 76 policiais militares do Comando de Policiamento de Choque (Rota, COE e Gate), e 50 policiais civis da Delegacia Seccional de Praia Grande e do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope).

Ao Santa Portal, a Câmara de Guarujá disse que “entende que a apuração de denúncias de irregularidades é fundamental para a manutenção da confiança da população nas instituições públicas, e, por isso, acompanhará atentamente o desenrolar das investigações”. Além disso, em nome da Presidência, colocou-se à disposição das autoridades para colaborar com o esclarecimento dos fatos.

Enquanto a Prefeitura de Guarujá informou que “não recebeu qualquer notificação a respeito desta operação e reitera que nenhuma incursão foi realizada na data de hoje, nas dependências do Poder Executivo”.

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