Casos de coqueluche têm a maior alta dos últimos dez anos na Baixada Santista

Por Anna Clara Morais em 18/02/2025 às 05:00

Foto: Divulgação
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Após passar 2023 sem registrar casos de coqueluche, a Baixada Santista fechou 2024 com 16 ocorrências. Apesar de parecer pouco, o número é o maior dos últimos dez anos, quando fechou com 47 casos da doença, segundo o Ministério da Saúde, que divulgou os números no Painel de Transparência.

Dentre as nove cidades, São Vicente foi a recordista, com nove casos de coqueluche nos últimos 12 meses. Logo após vem Santos, com quatro, e Praia Grande, com três. 

Guarujá e Peruíbe dividem o quarto e último lugar, ambas com o registro de duas ocorrências de coqueluche em todo o ano de 2024. 

Cubatão, Itanhaém, Mongaguá e Bertioga não registraram nenhum caso no último ano. E em todas as cidades da Baixada Santista, não houve óbitos em decorrência da coqueluche. 

Brasil

Em todo o país, esta também é a maior alta dos últimos dez anos. De 2023 para 2024, o salto foi de 2.706% no número de casos. Em 2023 foram 214, enquanto que em 2024, 6.006, sendo a região Nordeste a com maior incidência, de coeficiente de 0,14.

Transmissão e vacinação

A melhor forma de tratar a coqueluche é entendendo suas causas, explica a infectologista pediátrica Carolina Brites.

“A transmissão da doença é causada principalmente pelo contato direto de uma pessoa doente com outra suscetível e especialmente, com aquelas que não são vacinadas. Ocorre através de gotículas de saliva, ao falar e ao espirrar […] Pode acontecer também pelo contato com objetos contaminados de secreções de doentes”, afirma Carolina.

Além disso, a médica faz um alerta à população em relação a vacinação. “A partir do momento em que temos uma vacina e a doença estava praticamente erradicada e de repente começam a surgir novos casos, é necessário repensar o que está acontecendo com a população em relação à prevenção. A vacinação precisa ser frisada”.

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