18/01/2023

Roberto Gusmão é nomeado secretário-executivo de Portos e Aeroportos

Por Santa Portal em 18/01/2023 às 11:28

Crédito: Divulgação/Suape
Crédito: Divulgação/Suape

O engenheiro Roberto Duarte Gusmão foi nomeado secretário-executivo do Ministério de Portos e Aeroportos nesta terça-feira (17), como consta em decreto divulgado no Diário Oficial da União. A pasta é ministrada por Márcio França (PSB), que na última semana já havia revelado Gusmão como sua escolha para o cargo de segundo escalão.

Roberto Gusmão já foi secretário de infraestrutura de Recife durante gestões do PSB em Pernambuco. Além disso, assumiu o cargo de presidente do Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros (Suepe), de Pernambuco, em fevereiro de 2021.

Ele deixou o cargo na Suepe em novembro do ano passado, passando o complexo para o comando do ex-diretor de Gestão Portuária Francisco Martins.

Márcio França

Em visita a Santos, na última segunda-feira (16), o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, falou sobre a desestatização do Porto de Santos. França reforçou o mesmo posicionamento de quando foi nomeado para a pasta pelo presidente Lula: é contra a privatização da Autoridade Portuária.

“Não acredito no processo de privatizar a autoridade portuária. Se depender da minha opinião, não será privatizado. O processo sequer foi aprovado no Tribunal de Contas da União. [A privatização] parte de um pressuposto de que está tudo errado, de que o poder público é sempre incompetente”, disse o ministro, após a cerimônia de inauguração da nova passarela para pedestres na travessia Santos-Vicente de Carvalho.

Márcio França citou o exemplo de Port Hedland, na Austrália, para pontuar que a desestatização não é o único caminho para melhorar a competitividade de um complexo portuário.

“Lá há um tremendo arrependimento do formato que foi feito. Fizeram concessão de 99 anos e as tarifas dispararam. Será que temos experiência necessária (para privatizar o porto)?”, questionou.

Segundo França, alguns serviços podem passar para a iniciativa privada, porém com o comando da Autoridade Portuária permanecendo nas mãos do governo federal. “Você pode fazer privatização de serviços, o que seria normal. O canal do Porto, por exemplo, poderia passar por isso. Mas, na minha visão, a autoridade tem que permanecer pública”, concluiu.

Na ocasião, o ministro também se posicionou sobre a ideia de homenagear Pelé alterando o nome do porto para ‘Porto de Santos Rei Pelé’, pedindo cautela. Indo na contramão do que havia sido definido junto ao deputado federal Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) e o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro conta que conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o assunto e que ele concorda com o posicionamento.

“Às vezes você vincula o nome de uma pessoa muito querida a um assunto qualquer, no caso o Porto de Santos, que é muito importante, e alguma eventual situação negativa que acontecer [com o porto] será vinculada ao nome do Pelé que não tem nada a ver com a situação”, ressalta Márcio França.

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