Gilberto Kassab reflete sobre momento político e econômico do Brasil e SP em entrevista à AESP
Por Santa Portal em 13/03/2025 às 12:23

Em entrevista à Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP), em comemoração aos seus 90 anos, o presidente nacional do PSD e secretário estadual de Governo e Relações Institucionais, Gilberto Kassab, abordou a atual situação política e econômica do Brasil, as perspectivas para as próximas eleições e o papel da imprensa no cenário atual. O evento marcou o início de uma série de encontros com líderes da radiodifusão paulista, que se estenderão ao longo de 2025.
Momento político e os desafios futuros
Kassab iniciou a entrevista destacando o momento de reflexão pelo qual o país está passando. Segundo ele, o Brasil vive um período de dificuldades, com questões econômicas sendo debatidas de forma intensa. “É um momento difícil, de muita reflexão em relação ao futuro do país. Hoje, os temas econômicos acabam sendo debatidos com muita intensidade. Vivemos também um ano de eleições importantes, num país que ainda está polarizado”, afirmou.
“O Brasil é um país de gente moderada, o brasileiro é, em geral, do diálogo. E essa é a nossa preocupação: que possamos viver com menos antagonismo e menos clima de ódio. Não é saudável, não é bom”, completou Kassab.
Perfil do candidato ideal para a presidência
Questionado sobre o perfil do candidato ideal para a presidência, Kassab defendeu a figura de um líder moderado e que seja capaz de dialogar tanto com a esquerda quanto com a direita. “O perfil ideal é do centro, moderado. Alguém que possa saber dialogar com a esquerda, com a direita, mas que entenda que o tamanho do estado deve ser menor, para que ele possa ter recursos para investir em segurança, saúde e educação, deixando a iniciativa privada atuar em áreas como infraestrutura”, destacou.
Candidaturas para o Governo de SP
Em relação ao Governo de São Paulo, Kassab mencionou o nome do atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como um dos principais nomes, embora o próprio Tarcísio já tenha declarado não ter interesse em concorrer como presidente. “Eu vejo que o Brasil tem algumas candidaturas moderadas. A mais emblemática seria a de Tarcísio. Ele tem mostrado um potencial muito grande e capacidade de gestão, mas tem deixado claro que não gostaria de concorrer”, disse.
Caso Tarcísio não se lance, o PSD tem outro pré-candidato que, na visão de Kassab, se destaca: o governador do Paraná, Ratinho Junior.
A composição política para 2026
Sobre a formação de alianças, Kassab defendeu a ideia de que a eleição de dois turnos permite que no segundo turno os partidos da centro-direita se unam para apoiar o candidato mais competitivo. “No primeiro turno, vejo cada partido lançando suas candidaturas. E no segundo turno, todos devem se unir aos candidatos da centro-direita com aquele que for para o segundo turno”, explicou.
Tarcísio e o futuro de São Paulo
Ao falar sobre a candidatura de Tarcísio à reeleição para o governo de São Paulo, Kassab demonstrou confiança. “Tarcísio é um candidato natural à reeleição, muito bem avaliado, com uma das melhores avaliações de governadores dos últimos 30 anos. Ele tem realizado importantes avanços nas áreas de saúde, infraestrutura, educação e gestão. Não vejo adversários à altura”, afirmou.
A gestão de Ricardo Nunes e os desafios econômicos
Em relação ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MBD), Kassab disse que coloca “muita fé” no seu mandato. “Agora começa o mandato dele. Eu espero que seja um grande prefeito, tem recursos”, disse, destacando a importância de um governo municipal forte e capaz de gerir adequadamente os recursos da cidade.
Prioridades para o governo estadual
Kassab também falou sobre as prioridades para o governo estadual. “É possível melhorar a qualidade das nossas estradas, das vicinais, melhorar a educação e saúde, sem aumentar impostos, e assim manter o estado de São Paulo como a locomotiva do nosso país”, afirmou.
Radiodifusão e o apoio necessário
Por fim, Kassab falou sobre a importância de fortalecer a radiodifusão e a necessidade de parcerias entre o capital público e privado. “As rádios precisam dessas parcerias para poder investir e continuar funcionando de forma eficiente. O apoio é fundamental”, finalizou.