07/02/2025

Cenário da dengue não será melhor em 2025, diz secretário da Saúde de SP

Por Patrícia Pasquini/ Folha Press em 07/02/2025 às 18:47

Sesa/Divulgação
Sesa/Divulgação

Apesar de os números da dengue no estado de São Paulo em 2025 ainda serem menores se comparados com os do mesmo período de 2024, a projeção é de mais um ano epidêmico.

“A situação da dengue não será melhor em 2025, estamos com vírus novo e população mais sensível”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva, em entrevista à Folha de S.Paulo após o Encontro de Gestores do SUS Paulista para apresentação de programas da pasta a prefeitos e secretários municipais.

Até o meio-dia desta sexta (7), o estado de São Paulo registrava 73.609 casos confirmados de dengue e 68.491 em investigação. Há 38 mortos pela doença, e 206 óbitos sob investigação. Até esta data, 55 municípios estão com decretos ativos de emergência por dengue.

No mesmo período de 2024, o estado tinha 101.121 infecções pela doença e 89 mortes.

“As regiões de Araçatuba, Rio Preto, Araraquara, Presidente Prudente e Bauru estão com níveis epidêmicos. O restante do estado não está tanto assim. Então, qual é a preocupação maior? De casos confirmados e mortes, comparando as semanas epidemiológicas, nós estamos um pouco abaixo. O problema é que isso daí tende a aumentar”, afirmou o secretário.

A maior preocupação, ele acrescenta, diz respeito ao sorotipo 3 da dengue, que avança com mais força neste ano. Em 2024, esse subtipo ficou restrito à região noroeste do estado.

“As pessoas que tiveram dengue recentemente, no ano passado, continuam sensíveis ao sorotipo 3, e a possibilidade de ter a forma grave da doença aumenta. Se não houver uma política muito adequada, o número de óbitos será grande”, continuou Paiva.

No encontro com os gestores, os municípios foram orientados a reforçar o combate ao mosquito eliminando os criadouros do Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya. Também foram orientados a incentivar o diagnóstico precoce e a dar o tratamento adequado, que é a hidratação.

“As pessoas precisam entender que aquele mosquitinho que ninguém dá bola, mata. Vamos iniciar uma campanha na televisão, ampliar o tempo nas unidades básicas, aumentar as cadeiras para hidratação. Vamos aproveitar toda a parte ambulatorial e começar precocemente a tratar esses casos”, disse.

O estado repassou R$ 228 milhões aos municípios para o combate às arboviroses, especialmente a dengue. Em 2024 o investimento foi de R$ 200 milhões.

loading...

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.