17/01/2022

Alimentação pode influenciar a qualidade do sono; entenda

Por Santa Portal em 17/01/2022 às 06:32

Divulgação
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Há um mecanismo chamado ciclo circadiano, também conhecido por relógio biológico. É ele que regula o sono e o apetite, duas reações do organismo intimamente ligadas. Por isso, a alimentação pode ter sim influência direta no sono. E o que se ingere durante o dia, principalmente antes de dormir, pode ter um papel muito importante para um sono de boa qualidade.

“É necessário evitar, pelo menos duas horas antes de dormir, refeições volumosas e grandes quantidades de líquidos. Também alimentos de digestão lenta e gordurosos. Bebidas gaseificadas, cafeinadas, como café, chá preto ou verde. Além dos alimentos apimentados”, comenta Lunara da Silva Freitas, nutricionista, Doutora em Ciências pelo InCor/Fmusp e Professora da Faculdade Morgana Potrich, Mineiros-GO.

Lunara ainda explica: “A alimentação é fundamental para que tenhamos um sono mais saudável. E, ao ignorar essa relação, estamos comprometendo de forma importante todo o funcionamento do nosso corpo. A princípio, temos uma relação importante a trabalhar: obesidade e sono.

“A obesidade apresenta múltiplas causas, é uma condição bastante complexa. Mas o que podemos de fato afirmar é que a obesidade pode, de forma direta ou indireta, comprometer a saúde do sono”, completa.

Sendo assim, apesar de não ter uma relação causal, obesidade e privação de sono parecem estar relacionadas.

“O hábito alimentar ruim e o excesso de gordura corporal, especialmente no abdome e na região do pescoço, podem reduzir o espaço de passagem do ar pelas vias aéreas. Favorecendo distúrbios como por exemplo, a apneia obstrutiva do sono”, afirma a nutricionista.

Apneia do sono

Apesar da relação do sono com a má alimentação ser multifatorial, a apneia do sono é um distúrbio relacionado à piora da qualidade de vida e sono, além de problemas de saúde como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares.

A apneia deve ser investigada e tratada nos casos moderados e graves. No Brasil, estudo publicado em 2019 mostrou que a prevalência da apneia obstrutiva do sono em adultos entre as idades de 30 a 69 anos pode chegar a 49,7% da população, de acordo com uma das medidas utilizadas no estudo.

Alguns sinais que podem indicar a presença do distúrbio são: ronco, cansaço diurno constante, dificuldade de concentração, dores de cabeça matinais, humor depressivo, falta de energia, esquecimento ou hábito constante de acordar para ir ao banheiro.

Uma vez que o diagnóstico é de apneia do sono, o tratamento mais comumente indicado é a adoção regular do Cpap (pressão positiva contínua nas vias aéreas).

No Brasil, o tratamento para apneia pode ser realizado com equipamentos ResMed, marca em soluções para o tratamento da condição. Pacientes podem acompanhar sua própria terapia com Cpap por um aplicativo gratuito e fácil de usar, chamado myAir. O app fornece uma pontuação diária sobre como a pessoa dormiu e inclui vídeos e informações personalizadas de treinamento com base nos dados de terapia. O uso de tecnologias para engajamento do paciente como o myAir demonstrou melhorar a adesão ao tratamento.

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