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13/04/2025

Rafaela Silva recomeça em nova categoria e explica por que segue no judô

Por Carolina Alberti/Folhapress em 13/04/2025 às 13:54

Wander Roberto/COB
Wander Roberto/COB

O bronze por equipes nas Olimpíadas de Paris colocou um ponto final na história de Rafaela Silva na categoria até 57 kg. Cinco quilos mais pesada, a veterana de 32 anos resolveu “começar do zero” e já garantiu sua vaga para o Campeonato Pan-Americano e Oceania, que vale 800 pontos no ranking mundial -pontuação acima de uma medalha de ouro em um Grand Prix, por exemplo.

“É uma emoção diferente voltar a uma seletiva depois de conquistar tantas coisas. Essa seletiva foi tão dura quanto às competições que eu fiz no início desse ciclo. Estou feliz com o meu desempenho, mas tenho que trabalhar muito porque tem pelo menos duas medalhistas olímpicas da minha nova categoria no Pan-americano”, disse Rafaela Silva.

A mudança para a categoria até 63 kg “forçou” Rafaela e começar o ciclo olímpico ainda em 2024. Isso porque, para estar apta a disputar o Campeonato Mundial -marcado para junho deste ano- a judoca precisa estar entre as 100 primeiras do ranking mundial da categoria. Neste momento, ela é a 83ª, atrás das compatriotas Nauana Silva e Ketleyn Quadros. Rafa, inclusive, venceu as duas na seletiva realizada na última quinta-feira.

A brasileira disputou quatro Grand Slams e um Grand Prix desde as Olimpíadas, mas nunca passou da segunda luta. “Eu não tinha pontos, então caí em lutas duríssimas, perdi para duas campeãs do mundo, duas japonesas, mas isso só me mostra que eu tenho que trabalhar ainda mais para buscar os meus objetivos”, contou Rafaela.

Rafaela tem pouco mais de uma semana para aprimorar sua luta e buscar a primeira medalha internacional na nova categoria. O Pan-Americano acontece entre 25 e 27 de abril, em Santiago, no Chile.

Motivação e nova geração

As arquibancadas cheias e o carinhos dos fãs conduzem Rafaela neste novo desafio: “As pessoas sempre perguntam por que eu ainda estou lutando, já que eu ganhei Mundial, Olimpíada, e uma das coisas que mais me motiva é entrar nas competições, ver as pessoas gritando o meu nome, os olhos das crianças querendo uma foto, querendo um autógrafo, é o que me motiva ainda a seguir lutando”.

Esse lado “mais leve” da campeã olímpica, porém, fica do lado de fora do dojô. Uma vez lá dentro, é “briga, luta e entrega”, além de resultados vindos no detalhe. Rafaela, por exemplo, só garantiu a vaga na seleção brasileira na luta de desempate contra Nauana, apos quatro minutos de “golden score” (tempo extra).

“A gente viu que a competição está duríssima. A nova geração está chegando, buscando seus espaços dentro da seleção. Estou muito feliz, e só agradecer à Nauana e Ketleyn porque elas me obrigam a treinar, e a me dedicar ainda mais se eu quero me firmar nessa categoria”, finalizou Rafaela Silva.

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