Polícia faz operação para prender 10 palmeirenses envolvidos em ataque a torcida do Cruzeiro
Por Francisco Lima Neto/Folhapress em 01/04/2025 às 10:03

O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) faz operação na manhã desta terça-feira (1°) contra integrantes da torcida organizada Mancha Alviverde, do Palmeiras, envolvidos no ataque ao ônibus de torcedores do Cruzeiro, em 27 de outubro de 2024, em Mairiporã.
Mais de 60 policiais civis estão nas ruas de São Paulo para cumprir dez mandados de prisão, sendo nove temporárias e uma preventiva.
Uma pessoa morreu e dezenas ficaram feridas durante o ataque.
Além dos mandados de prisão expedidos pela Justiça, os policiais também cumprem 12 mandados de busca e apreensão. A operação foi denominada Aguatto 2 que, em italiano, significa emboscada.
Até dezembro, 19 suspeitos haviam sido presos por participação no crime. Entre eles, o ex-presidente da Mancha Alviverde, Jorge Luis Sampaio Santos, o vice-presidente Felipe Mattos dos Santos e o advogado da torcida Luiz Ferretti Junior.
Segundo a polícia, Jorge Luis foi responsável por idealizar, planejar e executar a ação. Sua defesa nega.
O caso
Um ônibus da Máfia Azul, torcida do Cruzeiro, foi interceptado por integrantes da Mancha Alviverde ainda de madrugada, na altura do km 65 da rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na região metropolitana de São Paulo.
O ataque seria um revide a um confronto entre eles em setembro de 2022, na mesma rodovia, mas em solo mineiro. Naquela ocasião, entre os agredidos estava o atual presidente da Mancha, Jorge Luis.
A ação terminou a morte de José Victor Miranda, 30. Natural de Sete Lagoas (MG), ele era motoboy e pai de um menino de sete anos.
A direção da Mancha negou a autoria da emboscada, culpando um grupo isolado.
Os cruzeirenses voltavam de um jogo contra o Athletico Paranaense em Curitiba. O Palmeiras havia jogado contra o Fortaleza na capital paulista.
Um dos ônibus usados pelos cruzeirenses foi incendiado. Um segundo, depredado.