Marcelo Teixeira parabeniza Ana Marcela Cunha e ressalta trajetória vitoriosa na Unisanta

Por Santa Portal em 04/08/2021 às 21:01

O pró-reitor da Universidade Santa Cecília (Unisanta), Marcelo Teixeira, participou do Caderno Regional, da Santa Cecília TV nesta quarta-feira (4) para comentar sobre a conquista do ouro olímpico de Ana Marcela Cunha, nadadora da Unisanta, que foi a campeã da maratona olímpica de 10 km em Tóquio na terça-feira (3).

Teixeira comentou a respeito da trajetória vitoriosa de Ana Marcela, que é atleta da Unisanta desde seus 14 anos de idade. “Eu ainda estou um pouco afônico diante dos gritos e da emoção, é toda uma trajetória e passa uma série de lembranças e memórias, de momentos que são muito marcantes na vida da universidade”.

Para ele, a medalha de ouro vem coroar, não apenas a Ana Marcela ou seu técnico, mas também a família da atleta e todos aqueles profissionais que estiveram presentes na trajetória da atleta. “É muito difícil você chegar num nível como esse, e quando você alcança, como nós já tínhamos alcançado em parte com a Poliana Okimoto, na Olimpíada passada, você alcança mais um patamar, que era o bronze, e agora o ouro, e percebe que o caminho está bem pavimentado”, diz.

Toda a dedicação e empenho de Ana Marcela até chegar às Olimpíadas de Tóquio é motivo de orgulho para o pró-reitor da universidade, que também é um grande incentivador do esporte e da educação. “É um caminho que nós começamos lá atrás com competições, eventos, aqueles mais regionais, a nível nacional, até chegar à abertura do calendário da Fina. Tudo isso sempre com feito muito cuidado, mas também muita ousadia”.

Ana Marcela foi trazida da Bahia para Santos após Marcelo Teixeira apostar em seu talento. Ela, que na época tinha 14 anos, veio junto com os pais e se adaptou à cidade em busca do sonho de se tornar uma grande nadadora. Sobre o que fez Teixeira acreditar no potencial da atleta, ele diz ter sido a intuição.

“Primeiro, a vontade de Deus, porque contra fatos não há argumentos. Quando se tem uma estrela como a Renata Agondi, que entrega sua própria vida no canal da mancha, nós pensávamos ‘que dor, que perda’, era ali a construção de uma nova fase, de um momento para a natação brasileira e de águas abertas”, relembra.

“A Ana Marcela é uma estrela que continua muito forte e iluminada, e que com ela nós construímos todo um alicerce baseado nos seus sonhos, naquilo que ela queria, naquilo que ela imaginava, que pretendia com competições mais organizadas. O Igor Souza disse que havia uma ‘pedra bruta’ na Bahia, e eu disse para trazê-la. A primeira prova dela foi em piscina, toda a trajetória dela foi em piscina, foi um trabalho. Nós temos esse talento, temos algo que poucos países possuem. É a ginga, a determinação, o foco, de uma atleta como a Ana Marcela”, completou.

Sobre o esporte aliado à educação, trabalho que é feito na Unisanta, Marcelo Teixeira ressaltou que com Ana Marcela não foi diferente. “Os clubes geralmente buscam o resultado imediato, a questão técnica, explorar o atleta para ele alcançar o pódio e medalhas. O que faz a universidade? Forma cidadãos. Quando ela chegou no colégio e tinha que competir, os professores foram compreensivos, fizeram reposições de aulas, não apadrinharam ou beneficiaram, não era passar a mão na cabeça, mas dizer que ela poderia nadar, mas também corresponder nos bancos escolares”.

Essa preocupação visa, inclusive, a carreira do atleta no futuro. “Acima de tudo, a carreira de um atleta é curta, então se ele não aproveitar a bolsa de estudo, para quando ele parar, aproveitar uma carreira profissional, automaticamente ele poderá ser lembrado como um bom atleta, mas não conseguirá ser um grande profissional”.

Ana Marcela Cunha deve estar de volta ao Brasil no próximo sábado (7), e irá atender a um evento da Marinha, no Rio de Janeiro. Após o evento, ela deve voltar para Santos, onde será recepcionada.

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