Ana Marcela retorna para treinos no Brasil com mais quatro medalhas
Por #Santaportal em 29/09/2020 às 09:36
NATAÇÃO – Após vencer no último domingo (27), a prova de 5km do Campeonato Francês de Maratonas Aquáticas, realizada na Ilha de Jablines-Annet, em Seine-et-Marne, a tetracampeã mundial de provas aquáticas, Ana Marcela Cunha, atleta da Unisanta, voltou para o Brasil com mais quatro medalhas.
A nadadora já havia conquistado a prata na Travessia de Capri-Napoli, na Itália, o ouro na travessia de 10 quilômetros realizada em Funchal, na Ilha da Madeira, em Portugal, e o bronze na prova de 10 km do próprio Campeonato Francês, no sábado (26).
Em entrevista ao Bom Dia Cidades , nesta terça-feira, a tetracampeã afirmou que a participação no circuito realizado na Europa lhe possibilitou identificar pontos que ainda podem ser melhorados, além de permitir uma melhor avaliação sobre o uso de roupas de neoprene durante as competições em mar aberto.
As duas últimas provas foram diferentes. Todo mundo nadou com neoprene na França e eu cheguei na terceira colocação, sem a roupa de borracha, justamente para saber como que é a diferença. E no dia seguinte eu nadei os 5 km com a roupa de borracha e tive um resultado muito bom, chegando a mais de um 1m40s na frente da segunda colocada. Foi um momento legal de conseguir ver que realmente nadar sem e com traje hoje pode trazer diferença sim.
Já a prova realizada na Ilha da Madeira, segundo Ana Marcela Cunha, lhe possibilitou uma melhor performance, já que a largada ocorreu junto com a equipe masculina.
Foram 10 km e foi um desafio maior aguentar o ritmo masculino. Serviu como treino pra mim. Na etapa de Nápole, pelo fato de ser uma prova de mais de 6 horas, foi uma dificuldade extrema e também pegamos o mar bastante batido, avaliou.
Preparativos para as Olimpíadas
Em solo brasileiro, a atleta que havia viajado em agosto para a Missão Europa, ação do Comitê Olímpico do Brasil, em parceria com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, agora se prepara para mais duas competições que ocorrem em dezembro.
“Acho que foi uma missão boa ter ido para a Europa competir com tudo que a gente ainda está vivendo aqui no Brasil. Mesmo assim, o Comitê Olímpico teve um olhar diferente e essa missão europa foi de 100% de aproveitamento, não com todos os ouros que a gente sempre gosta, mas saindo de lá sempre com uma medalha de cada prova. A gente sabe que em dezembro vamos ter duas competições. Agora é treinar um pouquinho e ficar um pouquinho mais em casa, aproveitar o tempo com a família.
Com a pandemia do coronavírus, ela afirma que apesar dos atletas terem ganhado um ano a mais para se preparar para as provas , eles também perderam alguns meses de rotina. Então agora é recuperar esse tempo perdido da pandemia e poder ter esse ano para fazer novas provas, montar denovo todo um planejamento para estar tudo certo até os jogos olímpicos, afirmou.