Real Mocidade homenageia a imigração e faz história com primeira rainha trans

Por Marcela Morone em 12/02/2023 às 03:30

Crédito: José Luiz Borges
Crédito: José Luiz Borges

Terceira escola do Grupo Especial a passar pela Passarela Dráuzio da Cruz, na madrugada deste domingo (12), a Real Mocidade trouxe pedaços das raízes caiçaras à avenida e uniu homenagens à Iemanjá, ao Porto de Santos e aos imigrantes.

Com o enredo Crônica Caiçara: um Porto de Fé, esperança e progresso, a agremiação do Marapé levou à passarela 1,2 mil componentes, 15 alas, duas alegorias, um quadripé e 30 baianas.

A “escola de samba mais simpática de Santos” mostrou, com suas cores, verde, azul e branco, a chegada dos imigrantes, a miscigenação do povo santista e o início do que veio a ser o maior porto da América Latina. Um dos destaques ficou para uma manifestação silenciosa que veio colada na traseira do segundo carro alegórico: uma faixa com dizeres contra a privatização do Porto de Santos.

O segundo destaque é Camila Prins, a primeira rainha trans do carnaval paulista. “Estou emocionada, podendo levantar minha bandeira LGBTQIA+. Dois anos sem carnaval, eu podendo passar toda a alegria, sorrindo, cantando, é muita emoção, foi incrível”, conta Camila.

O segundo casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Yasmin e Junior, ressalta a energia do público, que ficou dois anos sem poder sentir a emoção da passarela. “Ela [a escola] veio esse ano para poder buscar o campeonato, ela veio com garra, com força, todos os componentes cantando, vibrando, isso é importante pra nós da escola”, conta o casal.

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