Fujões, pastel, melancia, 'Pablo Marçal' e chuchu; polêmicas marcam debate de Guarujá

Por Rodrigo Martins em 26/09/2024 às 23:55

Gustavo Sampaio/Santa Portal
Gustavo Sampaio/Santa Portal

‘Fujões’, ‘pastel’, ‘melancia’, ‘Pablo Marçal Tupiniquim’ e ‘chuchu’. Essas foram algumas das polêmicas do debate à Prefeitura de Guarujá, promovido na noite desta quinta-feira (26), pela Santa Cecília TV. Cláudio Fernando (Novo), Coronel Rogério (PRTB), Raphael Vitiello (PP), Thaís Margarido (União Brasil), Sidnei Aranha (PCdoB) e Zé Manoel (PSOL) participaram do debate.

Farid Madi (Podemos), Nicolaci (PL) e Pepe da City (PSB) foram convidados, mas optaram por não comparecer. Pepe apresentou um atestado médico como justificativa para a sua ausência no encontro.

As faltas desses três candidatos causaram a primeira polêmica do debate. “Estamos aqui para debater planos de governo e os que estão aqui não fugiram da responsabilidade desse debate, ao contrário de três fujões que desapareceram na bruma da ignorância”, afirmou Zé Manoel.

As ausências também não passaram despercebidas pelos outros candidatos. Cláudio Fernando chegou a atacar o ex-prefeito Farid, que não compareceu ao debate desta quinta.

“Guarujá tem passado por muitos anos de corrupção, por isso elogio a iniciativa da Santa Cecília TV, porque a falta de debates faz com que a população não saiba quem são os candidatos. Queria que o prefeito estivesse aqui para responder algumas perguntas para a população, queria que o Farid estivesse aqui, o Nicolaci também. De maneira inteligente, o Suman lançou vários candidatos do grupo dele. Não podemos nos enganar, achando que trazer o ladrão do passado vai penalizar o ladrão atual. Estou subindo nas minhas redes sociais, o Farid está comendo pastel lá no Trevo, essa é a importância que ele dá para a Cidade”, afirmou.

Mais adiante, o candidato do Novo atacou Sidnei Aranha, perguntando sobre investigações sobre supostas irregularidades na Prefeitura de Guarujá na qual ele foi alvo, enquanto esteve no comando da Secretaria de Meio Ambiente.

“Quando você é mencionado em um processo judicial é para isso, a investigação é para isso: ver se a denúncia é verdadeira ou não. Acho muito gozado que você tem enorme indignação com tudo que aconteceu no governo Suman, mas você não conta para a população que você era secretário da Antonieta quando estourou o ‘Escândalo da Melancia’. Peço para as pessoas procurarem se ele falava, se ele gritava indignação nas redes sociais dele. Fui investigado pela Polícia Federal por 10 meses, depois saiu o relatório que a denúncia não se confirmava e o secretário poderia voltar ao cargo. Fui trabalhar no Porto, o compliance investigou a minha vida de cabo a rabo e fui autorizado a trabalhar. Agora, eu não sei você com as suas empresas, como você ficou rico tão rapidamente, se uma investigação da Polícia Federal realmente te isentaria e daria a você um atestado de idoneidade como eu tenho”, rebateu Aranha.

“Nunca tive pai para me dar nada, estar no Porto não é uma indicação boa, é uma indicação política, feita pelo Lula. Você não explicou se foi afastado por decisão judicial ou não”, retrucou Cláudio Fernando.

Na tréplica, Aranha disparou contra Cláudio Fernando. “Você quer ser o novo Pablo Marçal Tupiniquim, quer lacre”.

Raphael Vitiello e Thaís Margarido também tiveram um confronto. Em dado momento do debate, Vitiello ironizou a adversária do União Brasil após ela criticar que a chapa dele é composta por vereadores que foram base do governo Suman.

“O seu slogan fala em renovação, mas vale ressaltar: renovar o que? Se esses vereadores o escolheram é porque fazem parte da mesma classe política. Te escolheram e não me escolheram porque eu preciso ‘furar a bolha’. Fiz parte no primeiro mandato do governo Suman, mas pedi a minha exoneração porque não compactuava com o que era feito. Te escolheram porque vocês todos juntos comem do mesmo manjar”, apontou Thaís Margarido.

“Uma pessoa que diz ser do Guarujá, mas nunca conseguiu trabalhar em Guarujá. Secretária de Santos foi retirada, secretária de Cubatão e também foi retirada. Entendo a frustração, porque para a gente ganhar uma eleição tem que batalhar bastante, se esforçar. Eu demorei 20 anos para chegar onde eu cheguei. Mas tenho certeza que no momento adequado a senhora vai conseguir o seu objetivo”, devolveu Vitiello.

Já nas considerações finais, o Coronel Rogério revelou ser um admirador de Pablo Marçal, candidato à Prefeitura da Capital, e aproveitou para atacar – de maneira indireta – o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

“Não dá para fazer nada novo apostando no antigo. Se na Cidade estivesse tudo dando certo eu falaria para continuar votando nos vereadores, nos prefeitos que por lá passaram. Não é a realidade. A Cidade está um caos, abandonada. Não dá para plantar chuchu e colher manga. Se continuar plantando chuchu vai colher chuchu. E ‘chuchu’ você viu o que deu lá no governo federal e, também, no Governo do Estado. Alguns candidatos falaram do Pablo Marçal, mas ele assusta o sistema porque ele sabe fazer, ele é trabalhador e propõe coisas diferentes do sistema. Também nunca fiz parte do sistema. Vou usar a minha experiência de liderar a Polícia Militar como comandante do CPI-6 para melhorar Guarujá e dar para a população a Cidade que ela merece”, destacou.

loading...

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.