Sesc Pompeia está entre 25 obras-primas da arquitetura, segundo o New York Times
Por Folha Press em 04/08/2021 às 06:27
O prédio do Sesc Pompeia, na capital paulista, foi classificado pelo jornal americano The New York Times como uma das 25 construções de arquitetura mais significativas do mundo erguidas após a Segunda Guerra Mundial. A classificação foi publicada nesta segunda (2), no site do jornal.
Esta unidade do Sesc foi desenvolvida pela ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, que neste ano foi homenageada com o Leão de Ouro da 17ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza.
Desenvolvido entre as décadas de 1970 e 1980, o projeto arquitetônico do Sesc Pompeia, um dos mais icônicos de São Paulo, é a revitalização de uma fábrica de tambores abandonada.
Bo Bardi transformou a edificação industrial num local adequado para abrigar o novo centro cultual, que hoje inclui quadras poliesportivas e outras instalações do Sesc. A arquiteta apelidou o prédio como Cidadela da Liberdade, em razão da atmosfera tranquila da região naquela época.
Em 2015, os escritores Baba Vacaro, Daniel Almeida e Rogério Trentini publicaram o livro infantil “Cidadela da Liberdade”, que narra tanto a história da ítalo-brasileira quanto a da construção do Sesc Pompeia.
A lista na qual o Sesc Pompeia aparece como uma das 25 obras arquitetônicas mais significativas do pós-Guerra foi elaborada por três arquitetos, três jornalistas e dois designers. O prédio paulistano aparece em 18º lugar na lista, que incluiu obras de arquitetos como Ludwig Mies van der Rohe, Le Corbusier e Renzo Piano.
Veja a lista completa que inclui o Sesc Pompeia
1 – Casa Luis Barragán, na Cidade do México (1948)
2 – Casa Farnsworth, de Ludwig Mies van der Rohe, em Plano, (Estados Unidos, 1951)
3 – New Gourna Village, de Hassan Fathy, em Luxor (Egito, 1952)
4 – Câmara Municipal de Säynätsalo, de Alvar Aalto, em Jyvaskyla (Finlândia, 1952)
5 – Edifício Seagram, de Ludwig Mies van der Rohe, em Nova York (1958)
6 – Prefeitura de Kagawa, de Kenzo Tange, em Takamatsu (Japão, 1958)
7 – Renovação da Fundação Querini Stampalia, de Carlo Scarpa, em Veneza (1959)
8 – Convento Sainte-Marie de La Tourette, de Le Corbusier, em Éveux (França, 1960)
9 – Escola de Artesanato Haystack Mountain, de Edward Larrabee Barnes, em Deer Isle (Estados Unidos, 1961)
10 – Salk Institute de Pesquisas Biológicas, de Louis Kahn, em La Jolla, (Estados Unidos, 1965)
11 – Biosfera de Montreal, de Buckminster Fuller (1967)
12 – Edifício da Johnson Publishing Company, de John W. Moutoussamy, em Chicago (1971)
13 – Ópera de Sydney, de Jorn Utzon (1973)
14 – Estação de Esqui de Les Arcs, de Charlotte Perriand, em Savoie (França, 1974)
15 – Casa Van Wassenhove, de Juliaan Lampens, em Sint-Martens-Latem (Bélgica, 1974)
16 – Centre Pompidou, de Renzo Piano e Richard Rogers, em Paris (1977)
17 – Indian Institute of Management, de Balkrishna Doshi, em Bangalore (Índia, 1983)
18 – Sesc Pompeia, de Lina Bo Bardi, em São Paulo (1986)
19 – Termas de Vals, de Peter Zumthor, em Vals (Suíça, 1996)
20 – Escola Primária Gando, de Francis Kéré, em Gando (Burkina Faso, 2001)
21 – Campus Central da Academia de Arte da China, de Wang Shu e Lu Wenyu, em Hangzhou, China (2007)
22 – Mesquita de Bait Ur Rouf, de Marina Tabassum, em Daca (2012)
23 – Série ‘Color(ed) Theory’, de Amanda Williams, em Chicago (2014-2016)
24 – Grand Parc (transformação de 530 unidades habitacionais em Bordeaux), de Lacaton & Vassal, Frédéric Druot e Christophe Hutin (França, 2017)
25 – Estação Espacial Internacional, vários designers, órbita da Terra (1998-2011, ainda em andamento)