Lauana Prado volta às origens no álbum "Natural"
Por Gyovanna Soares em 14/10/2021 às 16:30
Após o seu último trabalho ser indicado ao Grammy Latino, a cantora Lauana Prado lançou a primeira parte de Natural, onde revisita às suas origens no estado do Tocantins. O álbum conta com 17 faixas que serão lançadas em três partes.
Lauana fez esse projeto como um agradecimento a tudo que construiu ao longo da vida artística e pessoal em Tocantins. Além disso, foi a forma que encontrou de se reconectar, após um momento difícil que todos nós estamos vivendo, a pandemia.
“Foi muito impactante tudo o que aconteceu e para mim teve um peso muito grande. Poder olhar para trás, dar as mãos para o meu passado, no sentido de agradecer e honrar todas as minhas raízes, a minha família, a minha construção de carreira. Olhar para aquela menina que sonhou e essa mulher hoje que realizou. Essa busca por esse recomeço e conexão, foi até para me fortalecer para esse novo mundo que está nascendo”.
Desafiador, bonito e entrega são as três palavras que definem Natural para Lauana. “Eu quero que as pessoas se divirtam muito. O que se pode esperar desse álbum é uma entrega absurda, uma vontade de chegar no coração das pessoas com muita verdade, honestidade, entrega, profundidade”, declara a cantora.
Zap, Pegada Fraca, Filtro dos Sonhos, Brecha, Você Mitou, Lábia, Mina de Ouro e Oi de Lá são as oito músicas inéditas que compõem o primeiro volume de Natural.
Lauana confessa ter muito amor por todas as canções, mas Pegada Fraca é a mais especial. “Tem muito de mim como pessoa, como artista e do meu discurso de empoderamento feminino”. A cantora costuma levantar a bandeira do empoderamento, e também de seu relacionamento, com a influenciadora Verônica Schulz Ribeiro, que também foi uma das inspirações de Natural.
Zap, que já é um sucesso, tem como objetivo mostrar que as relações estão se prejudicando cada vez mais com o uso abusivo das redes sociais.
Essa primeira parte contará com a participação do Dennis DJ na música Mina de Ouro. Nos próximos volumes, Lauana adianta que terá a presença de Dilsinho, Juan Marcus & Vinícius, Vitão e Jorge, da dupla Jorge & Mateus.
Tocantins
Apesar de ter nascido em Goiânia, no Goiás, a cantora não nega a sua paixão por Tocantins. Lauana diz ter vivido os melhores anos da sua vida lá.
“Eu cheguei no Tocantins eu tinha 8 anos. Então vivi parte da minha infância e a descoberta da minha adolescência, o meu primeiro namorado, as minhas primeiras histórias de amor, o primeiro contato com a música e a arte vivi no Tocantins”.
Além de toda a sua história com o Estado, a escolha também foi feita pelo desejo de fazer algo que contemplasse a natureza, em contrapartida, trazer mais reconhecimento a um estado pouco conhecido nacionalmente.
O local escolhido foi a área de preservação ambiental do Parque Estadual do Jalapão por ser um lugar paradisíaco, foi a melhor opção para retratar as imagens da natureza e do meio ambiente, e principalmente do estado, que era o que Lauana tanto queria.
Documentário
Junto ao álbum, a cantora trará um documentário com todo o processo de criação, da composição ao produto final. Portanto, ainda sem data de lançamento.
A iniciativa veio da vontade de retratar todo esse processo, já que antes do seu trabalho ter projeção nacional ela participou de diversos projetos como compositora, visando também proporcionar ao público a possibilidade de acessar esse universo, dando voz aos compositores que muitas vezes não possuem tanta visibilidade.
“Fazer com que as pessoas tenham a condição de entender como a gente trabalha, como a gente funciona no meio artístico, porque quando a gente está lá no show projetando esse repertório, fazendo esse trabalho acontecer já com as pessoas conhecendo as músicas, é a ponta do final do processo. Então eu acho que o processo é muito grande e precioso para ser deixado somente nos bastidores”, declara.
Esse tipo de documentário faz parte da criação da maioria dos álbuns fora do Brasil, mas é pouco conhecido aqui. “Eu fico muito feliz de estar trazendo esse formato para dentro do nosso país, eu acho que os nossos compositores merecem muito ter essa visibilidade”.
Lauana teve como maior inspiração o documentário Songwriter do Ed Sheeran, pelo cantor ter uma construção de carreira parecida com a da cantora. Ambos, levaram os compositores para passarem alguns dias confinados para compor o repertório dos álbuns.
Das 17 faixas de Natural, 14 são assinadas pela cantora e apenas três dessas vieram de fora dessa experiência.
Shows e turnê
Em setembro, a cantora retornou aos palcos fazendo o seu primeiro show de retomada em São Paulo, em um formato pequeno e seguindo todos os protocolos.
“Eu nem acreditava. Do processo de ensaio até o dia de subir no palco foi uma ansiedade absurda. Eu estava muito feliz principalmente porque eu estava podendo ver a minha equipe de estrada toda presente, os meus músicos, meus staffs, os meninos que trabalham no som”, reflete Lauana sobre a volta.
A cantora tinha uma turnê programada na Europa, que não foi possível acontecer por conta da pandemia, por isso, foi adiada. Lauana acredita que até o final deste ano terá uma nova data.
A estrela do sertanejo já tem se preparado para trabalhar fora do Brasil também, fazendo aulas de inglês e espanhol. Inclusive, em breve será lançada a sua música em parceria com o cantor angolano Anselmo Ralph.