24/07/2023

Big Up lança single e já pensa em novo projeto: "estamos com composição acumulada"

Por Gustavo Sampaio em 24/07/2023 às 06:00

Divulgação
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Após o lançamento de seu DVD ao vivo, a Big Up está de volta ao cenário nacional com o single Positiva. A faixa traz influências do afrobeat, afropop, dancehall e música brasileira. Junto com a canção, a banda também divulgou um videoclipe junto com a gravadora Flash Bang.

Em conversa com o Santa Portal, Gage falou um pouco mais sobre o estilo do afropop, suas inspirações e colaborações da Big Up com outras bandas de renome, além de falar sobre novos projetos e um futuro show em Santos.

Como foi o processo de produção do single “Positivo”?

Cara, essa música veio a partir de uma vontade de adotar umas coisas da música nigeriana, africana, para o nosso som, saca? Os afrobeats estão rolando bastante na Europa e nos Estados Unidos através de alguns artistas como Burna Boy e Wizkid, então a gente tinha vontade de adotar esse ritmo para a gente, achava que tinha tudo a ver.

A música começou pela produção, levantei o beat em casa, depois levei pro Yuri Rio Branco, super produtor que trabalha com a Marina Senna, Flora Matos e está fazendo o disco da Luiza Sonza também. Foi muito massa fazer esse trabalho com ele porque manteve o sotaque e o ritmo africano, mas também trouxe muita coisa brasileira e muita coisa moderna.

O estilo de música de vocês realmente se aproxima do afrobeat e afropop, quais suas principais inspirações para se inserir nesse estilo?

A gente curte muito Burna Boy, Rema, Davido, Wizkid, Artemis também, que é uma mina foda e fez um som com o Justin Bieber, enfim, tem mó galera que nós admiramos para caramba. Os produtores também, Jay Flights, esses caras todos.

Acho que a doidera é que a primeira vez que a gente ouviu o afrobeat foi na música do Criolo, que ele falava do Fela Kuti, no Nó na Orelha, mas ainda era um outro afrobeat.

A coisa mudou muito, esse afropop novo é uma sonoridade diferente, a gente conheceu a partir do Rafael Tudesco, que é um produtor musical da Warner e passou um tempo na África fazendo um documentário. Quando ele voltou para o Brasil, ele mostrou para a gente essas coisas e ficamos encantados, deve ter sido em 2018, por aí.

Aí a gente demorou todo esse tempo pra fazer isso porque queria se aprofundar para fazer isso com propriedade. Pouco tempo atrás, poucas pessoas conheciam o afrobeat, agora que está se popularizando.

Lembro que o primeiro cara que troquei ideia sobre afrobeat foi o Matuê e até imagino que ele deve vir com uns aí. No entanto, o primeiro afrobeat que vi arrebentando foi esse do Teto, Minha Vida é Um Filme.

Tem planos de lançar um novo álbum no futuro? Positivo é parte desse projeto?

Essa música abre caminho para um novo trabalho, a gente não sabe se vamos vir com um EP ou um disco, mas a gente já está com muita composição acumulada, e em breve vai chegar aí. É um trabalho novo que a gente tem muita coisa para falar nesse tempo que a gente viveu do DVD até aqui.

Planejam vir a Santos num futuro próximo?

Lógico! Santos é a cidade que cresci, morei ali no Canal 5 durante uns dez anos. É uma cidade que a gente tem muito carinho, muito amor, fizemos alguns shows muito massa por aí, mas acho que em breve vai rolar mais um aí. Santos é mó especial, sempre acolheu a gente, nós temos a maior admiração pela cidade. Além de ser um celeiro de artistas, nossos amigos do Charlie Brown por ali, Gravetão que toca com a gente, inclusive.

Como foi cantar com bandas como Melim e Maneva em projetos recentes?

Foi legal demais! A gente demorou um tempo para se abrir assim pra colaborações. A primeira foi com o Seu Jorge, que foi do c*&%$#! Tem um peso gigante a assinatura dele no trabalho, traz muita credibilidade para o público e para o mercado.

Com o Melim também foi especial, é uma banda que a gente adora. Muito massa ter eles com a gente, porque eles têm uma história junto.

Por fim, a Maneva, que talvez seja a primeira banda grande a enxergar a Big Up e levar a gente pra onde eles fossem, falar da gente em tudo que é lugar. São só amigos e pessoas que a gente admira, muito massa fazer essa colaboração com todos eles.

Como vocês avaliam a evolução de vocês? Vocês tiveram um crescimento muito expressivo nos últimos anos.

O crescimento vem através de muito trabalho, muito suor, né? A gente fez muitos shows em muitos cantos do país, sempre dando a nossa energia máxima. Sinto que as pessoas sentem isso e se identificam. Vão atrás do som e querem saber o que é, então a gente conquistou muito através do show, muito mais do que através do digital. Big Up é uma banda de rua mesmo.

Consegue listar três álbuns que influenciaram vocês como artistas?

A nossa bíblia é o Kaya, não o Kaya do Bob Marley, o Kaya do Gilberto Gil, que é um disco que mudou a nossa vida, um disco que é o alicerce da Big Up, foi o norte da gente, principalmente ali no começo. É um disco que tem muita coisa do reggae e muita coisa brasileira, tem aquela sonoridade jamaicana porque foi gravado no mesmo estúdio que o Bob Marley gravou, mas todos os músicos que estavam lá gravando eram brasileiros. Então é um disco muito importante pra gente.

Mas acho que Abalando sua Fábrica, do Charlie Brown Jr, é um disco também que a gente ama, é o nosso favorito deles.

Por fim, como a gente está fazendo essas coisas do afrobeat, quero citar o African Giant, do Burna Boy, que é um disco que a gente tem ouvido muito também.

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